Plantio e comércio de soja são temas polêmicos na CPI dos Transgênicos
Em outro depoimento na CPI, o funcionário da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e ex-presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), o biólogo Luís Antonio Barreto de Castro, mostrou uma coincidência entre o início da plantação de soja transgênica no Rio Grande do Sul e a comercialização da semente geneticamente modificada Roundup Ready, da multinacional Monsanto.
Para o presidente da CPI, senador João Capiberibe (PSB-AP) – autor do requerimento para sua instalação, ocorrida em novembro do ano passado –, as análises feitas pela Embrapa mostram que a Monsanto liberou as sementes transgênicas para o plantio no Brasil. Após o depoimento de Castro, Capiberibe também afirmou que a CTNBio pode ter agido ilegalmente ao liberar o plantio de soja transgênica sem o respectivo relatório de impacto ambiental (Rima). Castro respondeu que a lei, à época, não exigia apresentação prévia do Rima.
A CPI já aprovou a convocação de outros 15 depoentes – entre eles o governador do Paraná, Roberto Requião, que sancionou lei em 2003 proibindo o comércio e o plantio de transgênicos no estado. A CPI – que tem como vice-presidente o senador Jonas Pinheiro (PFL-MT) e como relator o senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) – tem até 15 de dezembro para encerrar seus trabalhos.
20/07/2004
Agência Senado
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