Surgem os temas mais polêmicos









Surgem os temas mais polêmicos
Bancadas da Assembléia chegam ao último ano da atual legislatura com longa pauta para debates

As lideranças das bancadas na Assembléia começam a pôr em prática as suas estratégias para o último ano da atual legislatura. O PPB inaugurou ontem um plantão em frente à Superintendência Legislativa para protocolar amanhã, no reinício das atividades, os seus requerimentos e projetos. 'Vamos impor o nosso ritmo, mostrando que somos capazes de governar o Estado', justificou o líder Vilson Covatti. Como o governo já levou à apreciação dos deputados os seus grandes projetos, segundo o líder na Assembléia, Ivar Pavan, a marca de 2002 será a apresentação das ações da administração.

O líder da bancada do PDT, deputado Vieira da Cunha, disse que o partido não medirá esforços para debater a questão salarial do funcionalismo. Vieira é autor da ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente pelo Supremo Tribunal Federal no final de 2001, obrigando o Executivo a dar reajuste geral e anual aos servidores. Vieira aguarda a publicação da decisão e a manifestação do Palácio Piratini.

Na opinião do líder partidário do PPS, deputado Mário Bernd, as atividades da Assembléia serão movimentadas por três temas: reestruturação da previdência, caixa único e eleições. O governo, segundo Bernd, terá de apresentar solução ao IPE e dizer como vai repor R$ 1,4 bilhão do caixa único. A preocupação do líder da bancada do PMDB, deputado José Ivo Sartori, é com a continuidade do trabalho legislativo em ano eleitoral. Ele apelou para que as atividades sejam viabilizadas. Conforme Jussara Cony, do PC do B, o ano será de confrontos entre projetos antagônicos, especialmente na esfera federal. 'A esquerda vai mostrar que tem propostas para governar o país', afirmou.

O líder da bancada do PFL, deputado Germano Bonow, acredita que a discussão política do ano eleitoral terá reflexos na Assembléia Legislativa. Ele sugeriu que os governistas sejam hábeis nas negociações daqui para frente. O deputado Adilson Troca, do PSDB, declarou que o partido investirá no discurso político, ampliando a participação nos debates de plenário. O PTB, conforme o líder Iradir Pietroski, pretende manter a sua postura de independência.


Legislativo passa por reformas
O presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Zambiasi, do PTB, e o superintendente-geral Cláudio Manfrói conferiram ontem as reformas que estão sendo feitas no prédio para a retomada das atividades parlamentares, que ocorrerá amanhã. O painel eletrônico está em manutenção. Novas câmeras são instaladas para a TV Assembléia e as mesas dos deputados passam por reparos devido à instalação de computadores. O subsolo do Palácio Farroupilha também está sendo reformado para abrigar novos setores de trabalho. No saguão de entrada da Assembléia, Zambiasi conheceu o novo sistema informatizado de recepção aos visitantes. A partir de 1º de março, haverá a identificação de todas as pessoas que chegarem ao Legislativo por crachás com fotografias, sendo observados o tempo de permanência e os locais que procuram no Parlamento. As reformas, conforme Zambiasi, prosseguirão ao longo ano.


Filiados defendem prefeito em vigília
Apoiadores da candidatura de Tarso Genro ao governo do Estado fazem vigília em frente à sede estadual do PT, na avenida Farrapos, a partir de hoje à noite. O vereador Ari Thessing, do PT de Santa Cruz do Sul, adiantou que pelo menos um ônibus lotado de filiados deixará o município rumo a Porto Alegre. Thessing informou que militantes de outras cidades, como Venâncio Aires e Rio Pardo, também confirmaram presença no ato, que será aberto a todos os simpatizantes da candidatura do prefeito. 'O apoio a Tarso é muito grande no interior do Estado e, se ele não concorrer à prévia, provocará decepção generalizada junto aos que o defendem para o governo gaúcho', disse Thessing.


PT avalia hoje a escolha entre Olívio e Tarso
A executiva estadual do PT se reúne nesta manhã para discutir sobre a chapa ao governo do Estado. Segundo o presidente David Stival, o objetivo é fazer ajustes finais entre as forças que apóiam o governador Olívio Dutra e o prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro. 'O gesto do vice-governador Miguel Rossetto, abrindo mão da vaga, mudou o rumo das negociações. Muitos companheiros pró-Tarso estão inclinados a aceitarem a composição numa chapa com Olívio', afirmou Stival. O vice-presidente Paulo Ferreira informou que será aprovada resolução determinando que a composição da chapa contemple os campos que defendem Olívio e Tarso, independentemente do candidato escolhido a governador. Porém, os apoiadores de Olívio não querem ouvir falar de retirada da candidatura. Integrantes de sete correntes que defendem a reeleição estiveram ontem à tarde no Palácio Piratini e disseram que, caso haja prévia, estão prontos para a vitória. Segundo o secretário da Administração, Marco Maia, da corrente Ação Democrática, após o gesto de Rossetto, cabe às forças pró-Tarso aceitarem compor com Olívio.

O prefeito garantiu que fará amanhã a inscrição como pré-candidato ao governo. Tarso considerou a medida como ponto de partida para diálogo e afirmou que a única hipótese de acordo é a discussão do seu nome em igualdade de condições pelos grupos que sustentam Olívio. Ele disse estar certo do apoio da corrente PT Amplo e Democrático, embora reconheça que haja dúvidas quanto à permanência na prefeitura, posição também demonstrada por membros da corrente Rede.

Tarso recebeu ontem representantes de quatro correntes que o apóiam. O prefeito de Cachoeirinha, José Stédile, da Articulação de Esquerda, afirmou que a oferta do cargo de vice é tentativa de dividir a base do prefeito. A deputada Luciana Genro, do Movimento Esquerda Socialista, defendeu chapa com Tarso e Raul Pont. Renato Guimarães, da Força Socialista, ressaltou que o prefeito conta com o apoio de seu grupo ao Piratini. Tarso tem as melhores condições de vitória segundo Luiz Carlos Saraiva, do Movimento Construção Socialista: 'Buscamos ganhar eleição e não fazer acordo'.


PSDB define quem sucede Marchezan
A executiva estadual do PSDB realiza hoje, a partir das 19h, a primeira reunião depois da morte do seu presidente, deputado federal Nelson Marchezan. Haverá definição sobre a sucessão ao cargo, que deve ser ocupado pelo vice-presidente, prefeito de Barra do Ribeiro, Carlos Albuquerque. O secretário-geral do PSDB, Ademir Schneider, propõe a criação do Movimento Nelson Marchezan para ampliar o número de filiados e de diretórios municipais. Segundo ele, na véspera de carnaval, Marchezan havia determinado a execução do projeto de expansão do partido com a transformação de comissões provisórias em diretórios até a metade do ano. 'Marchezan queria ver o PSDB do tamanho do Rio Grande do Sul', justificou.


Lula tenta acabar com rejeição ao PL
O candidato à Presidência da República pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, buscou amenizar ontem a resistência à possível aliança com o PL. Lula disse que não considera o partido como de direita. 'O comportamento do PL na Câmara dos Deputados tem sido de votar praticamente todas as matérias sérias contra o governo e junto com a oposição. Quem tem preconceito e faz críticas pelo fato de o PL ter essa atitude não deseja a vitória do PT', afirmou Lula. Ele visitou unidades industriais da Coteminas, em Montes Claros, Minas Gerais, de propriedade do deputado José Alencar, do PL, cotado a concorrer como vice-presidente na chapa do PT. O presidente nacional do PL, Waldemar Costa Neto, acredita na aliança.


Bispos orientam os fiéis na escolha de candidatos
A Igreja Católica mantém a restri


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