Plenário rejeita debate sobre crise das papeleras e liberdade na Venezuela



Antes do início da discussão a respeito da atual situação da integração regional, duas sugestões de temas para o debate político da quinta sessão ordinária foram rejeitadas pelo Parlamento do Mercosul: a situação da liberdade de imprensa na Venezuela e a disputa política entre Uruguai e Argentina a respeito da instalação, no Uruguai, de duas usinas de produção de celulose - que ficou conhecida como a crise das papeleras.

Dos 60 parlamentares presentes à sessão, que ocorreu nesta segunda-feira (3) em um auditório da Prefeitura de Montevidéu, apenas 20 foram favoráveis à inclusão, na pauta de debates, da situação da liberdade de imprensa na Venezuela. A proposta havia sido feita pelo deputado uruguaio Pablo Iturralde.

Logo em seguida, o também uruguaio deputado Germán Cardoso propôs que entrasse em pauta a discussão das seguidas interrupções de trânsito na fronteira entre Uruguai e Argentina, em virtude de bloqueios feitos por manifestantes argentinos contrários à construção das usinas de produção de celulose em território uruguaio - e que poderiam, de acordo com os manifestantes, causar danos ao meio ambiente na Argentina. A proposta recebeu apenas 23 votos dos 60 parlamentares presentes. Para que o tema entrasse em pauta, seriam necessários pelo menos 31 votos.

O vice-presidente brasileiro do Parlamento do Mercosul, deputado Dr. Rosinha (PT-PR), pediu que o tema seja debatido inicialmente nas Comissões de Meio Ambiente e de Infra-Estrutura para que somente depois, com relatórios das duas comissões, o assunto seja examinado em Plenário.



03/09/2007

Agência Senado


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