POBREZA: VEREADORA DEFENDE PROGRAMAS ESPECÍFICOS PARA CADA COMUNIDADE



Cada território tem características e demandas próprias e necessita de um programa específico para combate à pobreza. Essa foi a tese central da exposição da vereadora de São Paulo, Aldaíza Sposati, aos membros da comissão mista que estuda propostas de combate à pobreza.
Aldaíza, que é assistente social e professora titular da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, contribuiu ainda com dados para a definição de pobreza e indigência, onde ficou evidente a distância entre os parâmetros utilizados pelo governo federal e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para classificar os pobres.
- A desigualdade social está em todas as regiões do país. Podem variar quantidades, mas não a presença de piores condições - afirmou a professora, que participa do núcleo de estudos de seguridade social da PUC.
Segundo suas informações, o Nordeste, além do Pará e o Tocantins, apresentam maior percentual de pessoas, entre 60% e 80%, na pobreza. Apesar de apresentar melhores índices, Aldaíza registrou que no estado de São Paulo, há municípios também muito pobres, situação que pode ser estendida até mesmo para os distritos da capital do estado. No município de São Paulo, a professora calculou existirem 2,7 milhões de pessoas em situação de exclusão, ou seja, mais de um quarto da população da cidade.
Com base nesses dados, a vereadora destacou a importância de que se definam políticas específicas para cada região, para cada município e até mesmo para cada comunidade, de acordo com as características da população carente. Como maneira de assegurar o mínimo necessário, Aldaíza sugeriu que seja tomada como referência uma "linha de inclusão", que listaria as condições para que o cidadão passe a uma situação de dignidade.
A professora ofereceu informações, demonstrando que as aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) são o maior programa do governo na área social. As distorções na distribuição de recursos públicos investidos na área social também configuram, na opinião de Aldaíza, um problema a ser enfrentado pela comissão.

28/09/1999

Agência Senado


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