Políticos devem tentar entender as grandes mobilizações no Brasil, sugere Cristovam



Em pronunciamento nesta terça-feira (8), ao se referir às últimas manifestações envolvendo os professores em greve no Rio de Janeiro, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que os políticos brasileiros não estão entendendo o que ocorre no país e precisam escutar o que a população tem a dizer.

Cristovam disse que a classe política está “em dívida com o povo” e sugeriu que Senado realize audiências públicas com os manifestantes, inclusive os acusados de causar depredação. Além disso, ele também propôs que a presidente Dilma Rousseff se reúna com líderes do governo e da oposição para debaterem os rumos do Brasil.

O parlamentar classificou os manifestantes entre “os desiludidos”, que seriam os professores frustrados por anos de promessas não cumpridas, e “os desesperados”, que já não acreditam em mais nada e promovem o quebra-quebra.

- Aí, o que a gente vê é que aqueles que querem mudar, os desiludidos, encontram-se com aqueles que querem quebrar, os desesperados. E o risco do que pode vir a acontecer, na medida em que isso vá se generalizando, é muito grave – alertou.

O senador afirmou que o país vive uma “guerrilha cibernética” porque as mobilizações não acabam, são organizadas pela internet e seguem nas redes sociais. Para Cristovam, esses movimentos ameaçam a estabilidade das pessoas no dia a dia. As manifestações na rua, acrescentou, impedem o trabalhador de voltar para casa, ou de sacar dinheiro, porque a agência bancária foi depredada, o terminal foi quebrado.

- Não vejo outra maneira, além de entender a coisa, é começar um grande diálogo por uma reordenação do tecido social brasileiro, por um novo pacto social em que se descubra como fazer para que o povo, desiludido, volte a ter vontade de fazer as coisas e os desesperados passem a ter a vontade e a esperança – argumentou.



08/10/2013

Agência Senado


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