Pontes elogia decisão de ministro de rever extinção da Sudene
"Não se pode, da noite para o dia, fechar as portas de uma instituição que tem dado grande contribuição para diminuir os índices de pobreza do Nordeste por meio de investimentos, geração de empregos e renda", afirmou. Luiz Pontes acrescentou que, se há irregularidades a investigar na Sudene - argumento usado em defesa da extinção da autarquia -, a saída não é acabar com "essa alavanca do progresso regional", mas identificar e punir os culpados pelos desvios na aplicação dos recursos públicos.
Para sustentar sua posição em prol da Sudene, Luiz Pontes fez um balanço das realizações do órgão ao longo de quase 42 anos de existência. Nesse período, os investimentos globais giraram em torno de R$ 15 bilhões, o que permitiu, por exemplo, que a participação da economia nordestina no Produto Interno Bruto (PI) nacional passasse de 13,2% em 1960 para 16% em 1997. Enquanto o setor industrial registrou um crescimento de 22,1% para 47,4%, o segmento de serviços contabilizou um salto de 24,7% para 63,4% nesses 37 anos.
- São intermináveis listas de números que demonstram a mudança do perfil socioeconômico nordestino determinada pela atuação da Sudene - declarou Pontes.
O senador informou que, atualmente, a autarquia atua em uma área correspondente a 20,6% de todo o território nacional, beneficiando 1.953 municípios espalhados pelos nove estados do Nordeste e pelo norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.
23/03/2001
Agência Senado
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