Parlamentares são contra a extinção da Sudam e da Sudene
Em aparte, o senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM) lembrou que, dos 500 projetos aprovados pelos dois órgãos nos últimos anos, apenas 29 são suspeitos de irregularidades. Não há justificativa para a extinção das autarquias, assegurou Mestrinho, sugerindo a modernização administrativa dessas superintendências e propondo que elas sejam fiscalizadas por um organismo do governo federal.
Mestrinho também referiu-se às denúncias de irregularidades apontadas contra a administração da Sudam. Ele afirmou que, da mesma maneira que dirigentes desse órgão foram indicados pelo presidente do Senado, houve indicações em outros órgãos do governo feitas igualmente por políticos de projeção nacional. E manifestou seu estranhamento por não recaírem sobre outros políticos as mesmas dúvidas levantadas em relação aos indicados pelo presidente do Senado.
Em aparte, o senador Gerson Camata (PMDB-ES) observou que, como a maior parte dos recursos da União é destinada às regiões Sul e Sudeste, ele teme que, com a extinção dessas agências de desenvolvimento, tal problema se agrave. Para ilustrar a gravidade da medida, o senador Carlos Bezerra (PMDB-MT) disse que 60% da economia do seu estado está baseada em incentivos fiscais da Sudam. O senador Leomar Quintanilha (PPB-TO) solidarizou-se com a posição dos colegas e acrescentou que, com a extinção desses instrumentos de desenvolvimento, as regiões mais pobres do país serão prejudicadas.
27/03/2001
Agência Senado
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