PPB fará campanha combativa







PPB fará campanha combativa
O pré-candidato ao governo do Estado e presidente do diretório estadual do PPB, Celso Bernardi, disse ontem que indefinições dos demais partidos em relação ao processo eleitoral de 2002 credenciam os progressistas a fazer a campanha anti-PT. Segundo ele, essa estratégia se reforça com o atual quadro do PMDB e o desgaste que o PT vem sofrendo em função dos resultados da CPI da Segurança Pública. Durante encontro regional realizado no final de semana em Terra de Areia, Bernardi salientou que o PPB tem todas as condições para enfrentar a eleição do próximo ano sendo o contraponto do projeto hoje instalado no Estado.

'Vamos mostrar os erros do PT e, acima de tudo, transmitir confiança e credibilidade', acrescentou. Segundo o pré-candidato, essa intenção se reforça porque o governo de Olívio Dutra não cumpriu as promessas que fez na campanha de 1998. Bernardi afirmou que pretende atingir a meta estabelecida depois da prévia de percorrer cem municípios até o final do ano. O objetivo é mobilizar e organizar a militância para a campanha e fazer com que a imagem do partido se fortaleça com vistas às eleições. O PPB pretende, conforme Bernardi, trabalhar para alcançar a média de 20% do total de votos para chegar ao 2º turno.


Roseana: pesquisa deve ser levada em conta
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, do PFL, declarou ontem que a base de sustentação do governo, formada pelo seu partido, pelo PSDB e pelo PMDB, deverá ser mantida independentemente do candidato escolhido como cabeça de chapa. Reconheceu, porém, que as condições eleitorais precisam ser levadas em conta. Em todas as pesquisas de intenções de voto para 2002, Roseana figura em 2º lugar, atrás do presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. O PFL decidiu em convenção que terá candidato próprio, mas Roseana somente se definirá em março, prazo para desincompatibilização do governo. Ela ponderou que as pesquisas não a colocam, necessariamente, como candidata. Declarou que será preciso diálogo entre os partidos governistas com a finalidade de 'definir o melhor caminho ao país', sem atender apenas a projetos individuais.

Os índices de 88% de aprovação no Maranhão, segundo pesquisa do Ibope, impulsionam a candidatura da governadora ao Palácio do Planalto. 'Isso é sinal de que o povo brasileiro reconhece o trabalho dedicado e sério que venho fazendo', ressaltou Roseana. Ela lembrou que o fato de ser mulher torna mais difícil a sua trajetória. 'Hoje, no Maranhão, as pessoas já me conhecem. Posso dizer com firmeza que o meu estado é o menos machista do Brasil', destacou.

A dama-de-ferro inglesa Margaret Thatcher e a ex-primeira-ministra indiana Indira Gandhi são consideradas pela governadora mulheres de grande valor na política. Recorda também Madre Tereza de Calcutá como alguém importante para o mundo. 'Queremos igualdade de condições, mostrar o nosso trabalho e que as pessoas vejam que as mulheres sabem governar', afirmou Roseana. Outro político que ela admira é o pai, José Sarney, ex-presidente da República. Se Roseana concorrer ao cargo, a oposição deverá lembrar pontos negativos de quando ele estava no poder, como a inflação alta. 'Vários fatores poderão ser levados em consideração. Porém, na época em que meu pai governava, tivemos a melhor distribuição de renda entre a população, a menor taxa de desemprego e por aí afora', defendeu a governadora.


PT começa a decidir sobre a sede
Desfiliação do presidente do Clube da Cidadania e pressão de lideranças antecipam definição

A executiva estadual do PT realizará amanhã reunião extraordinária para começar a tratar que destino dará à atual sede do partido, na avenida Farrapos, cedida em comodato pelo Clube de Seguros da Cidadania. A executiva antecipou o encontro que estava previsto para o dia 27, segundo informou o secretário de Organização, Vitor Labes. A desfiliação do presidente do clube, Diógenes de Oliveira, sexta-feira, e a pressão que lideranças do partido vêm fazendo determinaram a decisão. Antes mesmo de ser votado o relatório da CPI da Segurança da Assembléia Legislativa, que apontou indícios de irregularidades no processo de doações ao clube para a compra da sede, os deputados Ivar Pavan e Maria do Rosário defenderam a entrega imediata do prédio.

O governador Olívio Dutra, ao avaliar os resultados da CPI na semana passada, disse que a militância do partido tem condições de colaborar para a compra de um novo prédio. O chefe da Casa Civil, Flávio Koutzii, somou-se às manifestações ao anunciar no final de semana que também defende a mudança de endereço. O vereador Adeli Sell acha que o PT deve ser modesto, alugando ou comprando imóvel mais barato, e repensar toda a sua estrutura. Ele defende o retorno de uma prática antiga no partido que era o de dar publicidade aos balanços mensais de contabilidade ao mesmo tempo em que pede alterações no setor de comunicação. De acordo com Adeli, as atuais publicações de jornais são ineficientes porque não atingem o grande público.

'Devemos investir nos tradicionais panfletos que sempre transmitiram a nossa mensagem', disse. O vereador defende ainda a abertura de sindicância interna para apurar a relação do Clube de Seguros da Cidadania com o PT. A deputada Luciana Genro considera que o partido não deve tomar decisão precipitada em devolver a sede, mas concorda que o tema precisa ser debatido o quanto antes. Ela entende que, primeiro, a entidade deve esclarecer as doações obscuras que foram levantadas pela CPI para que não pairem dúvidas sobre o PT.

Na mesma linha, o deputado Ronaldo Zülke acredita que a discussão prévia é importante antes da decisão. Ele acha conveniente a devolução da sede porque acredita que o partido é maior do que isso.
Rapidez no processo é o que propõe o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Ivar Pavan. Para ele, a decisão não só evitaria maior desgaste, como também acabaria com a imagem que a CPI levantou de que o PT enganou os empresários para comprar a sede. Defende ainda que o clube devolva o dinheiro para os doadores.


Ciro diz que cabe a Lula unir oposição
O pré-candidato à Presidência da República pelo PPS, Ciro Gomes, declarou ontem, em Belo Horizonte, que cabe a Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera 'o maior partido de oposição do país', o PT, promover a convergência de centro-esquerda. 'Se eu convocar os partidos, vai parecer que um candidato em condição menos favorável está querendo golpear', justificou Ciro. Segundo ele, a união deve começar pelo reconhecimento das diferenças e não apenas por renúncia pessoal. Mesmo considerando o projeto de centro-esquerda cada vez mais improvável, o presidenciável do PPS defende que a idéia seja trabalhada já na campanha para que possa se sustentar numa coalizão posterior à eleição.


Disputa pelo governo do Piauí perto da definição
Após mais de duas semanas de brigas judiciais, o senador Hugo Napoleão, do PFL, pode assumir hoje o governo do Piauí. Isso se o Tribunal Regional Eleitoral acatar recurso impetrado pelos advogados do senador. Também poderá haver novas eleições no Piauí caso os advogados do governador cassado, Francisco Souza, o Mão Santa, vençam na Justiça. As duas correntes trocaram ontem socos e pontapés.


Legislativo publica o relatório da CPI
O relatório da CPI da Segurança Pública, acompanhado do projeto de resolução, será publicado no Diário da Assembléia quarta-feira, quando ocorrerá a primeira sessão plenária ordinária depois da votação do documento, no dia 14. Pelo regimento interno, devem ser feitas cinco publicações antes de começar a tramitar em comissões e haver votação em plenário. A edição extra do Diário, na sexta-feira, s erviu para retificar equívoco na leitura do documento, quando o relator, deputado Vieira da Cunha, do PDT, deixou de mencionar três parágrafos da página 91, que referia o indiciamento do secretário da Justiça e da Segurança, José Paulo Bisol, e de mais quatro delegados de Polícia.


Presidente do PSDB não se opõe à saída de Serra
O presidente nacional do PSDB, deputado José Anibal, disse ontem que não se opõe à saída antecipada do ministro da Saúde, José Serra, do cargo para se lançar candidato à sucessão presidencial. 'É natural e legítimo. Não tenho nada contra', afirmou Aníbal. Serra, porém, diz-se disposto a prolongar ao máximo a sua permanência no ministério e o presidente Fernando Henrique Cardoso se manifestou favorável ao adiamento da campanha eleitoral.


PRÉVIA
A direção nacional do PMDB realiza hoje a primeira de uma série de reuniões que têm por objetivo estabelecer regras para a prévia do partido, no dia 20 de janeiro de 2002. A finalidade é chegar unido às eleições do ano que vem. O encontro, que ocorre de tarde na residência do presidente do Senado, Ramez Tebet, começa a definir a regulamentação da disputa que escolherá o candidato do partido para a Presidência da República. Além da cúpula do PMDB, participam os pré-candidatos Itamar Franco e Pedro Simon.


Relator encaminha hoje o orçamento do Estado
O deputado Adroaldo Loureiro, do PDT, entrega hoje o relatório do orçamento de 2002 para publicação no Diário da Assembléia. Das quase 700 emendas apresentadas, o relator aproveitou cerca de um terço. Três emendas em nome da Comissão de Finanças, tratando sobre obras viárias, saúde e segurança pública, estão incluídas no documento. Quinta-feira, o relatório será votado na comissão e entre os dias 27 e 28, em sessão plenária.


Simon salienta o papel dos partidos
O senador Pedro Simon disse ontem que os partidos também são responsáveis em oferecer bons políticos para a sociedade e não apenas a Câmara dos Deputados e o Senado devem cuidar da qualidade dos seus representantes. A imunidade parlamentar, em votação na Câmara, segundo avalia, ajuda muito, mas os partidos podem evitar casos como os dos deputados cassados Hildebrando Pascoal, acusado de matar inimigos usando motosserra, e Sérgio Naya, que falsificou assinaturas.
Simon lembrou que há anos defende proposta que obriga os partidos a fazerem uma espécie de triagem, através de suas instâncias, para que mais tarde não sejam atingidos por escândalos e cassações dos seus parlamentares. O senador sugere que os filiados sejam envolvidos nesse processo de escolha e acredita que para colocar a idéia em prática falta decisão política dos dirigentes. Na opinião de Simon, o desgaste dos partidos com políticos denunciados é enorme e há possibilidade de evitá-lo antes da campanha.


Tebet prega regulamento de greve em outro período
O presidente do Congresso Nacional, senador Ramez Tebet, do PMDB, disse ontem que o direito dos funcionários públicos de fazer greve está previsto na Constituição federal e deve ser regulamentado. Lamentou, porém, que o governo tente fazer essa regulamentação no momento em que ocorre greve. Antecipando as resistências que o Executivo enfrentará para aprovar o pacote antigreve baixado semana passada, Tebet previu votação polêmica.


Tucano acha cedo para lançamento do ministro
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB, afirmou ontem que se opõe à idéia sustentada por outros tucanos de que o ministro da Saúde, José Serra, deixe o cargo para assumir a candidatura ao Planalto. Alckmin insiste na tese de que ainda é cedo para se falar em eleições. O governador disse também que respeita o crescimento nas pesquisas da governadora Roseana Sarney, do PFL, 'o que reflete os méritos de sua administração'.


Artigos

A GREVE NA UNIVERSIDADE
Sérgio José Porto

Sempre fui contra as greves nos serviços públicos: ou são importantes e como tal se impõem ou de nada adianta a pressão própria à atividade privada, na qual é normal a tensão entre empregadores e empregados. Mais ainda, ultimamente, os movimentos sociais, notadamente na área da educação, têm-se caracterizado muito mais por suas finalidades políticas do que pela real preocupação com a relevância do setor para os destinos do país como um todo. Assim, não se justificam vaias a autoridades, por exemplo.

A revista semanal francesa L'Express International, número 2.625, de 25 a 31 de outubro de 2001, página 68 - em costumeira reportagem sobre os assuntos da educação -, publica o leque de salários dos professores naquele país: a menor remuneração líquida, isto é, abatidos os descontos tributários e previdenciários, é de 10 mil francos, aproximadamente 2 mil dólares. Isso para o assim chamado instituteur, aquele que leciona no primário, no início da carreira. Para o professor universitário em final de carreira, vale dizer, com todos os títulos e 30 anos de exercício da profissão, a remuneração, sempre líquida, corresponde a 36 mil francos, cerca de mais de 7 mil dólares americanos.

Na mesma reportagem, observa-se que um professor de pintura, em um colégio, não se queixa de receber, mensalmente, a quantia líquida de 20 mil francos, aproximadamente 4 mil dólares. Para os nossos critérios, segundo o governo federal, seria considerado um marajá. Não apenas os pintores brasileiros não terão jamais condições de competir com os congêneres franceses, como também os advogados, os médicos, os enfermeiros e assim por diante, inclusive os políticos.

Certo, poder-se-ia dizer que o custo de vida na Europa é bem maior do que entre nós; mas os serviços públicos funcionam, inclusive e principalmente os que se referem a saúde pública, ninguém sendo obrigado a contratar seguro. Que ninguém se engane: as melhores remunerações do país são destinadas aos professores não porque a França seja a quarta economia mundial; a França é a quarta economia mundial porque as melhores remunerações do país são destinadas aos professores.


Colunistas

Panorama Político/A. Burd

NOVO ROUND NO PT
Integrantes da corrente PT Amplo e Democrático, liderados pelo prefeito de Bagé, Luiz Mainardi, e o vice-prefeito de Santa Maria, Paulo Pimenta, entregam hoje à executiva estadual e ao diretório municipal do partido moção pedindo que seja instalada comissão de sindicância interna para investigar o Clube de Seguros da Cidadania e ouvir filiados que assinaram recibos de doações a Diógenes de Oliveira. Inclui, entre outros, Espártaco Dutra (filho do governador), o superintendente da Metroplan, Jorge Branco, e os secretários municipais da Administração, José Carlos Reis, e da Indústria e Comércio, Cézar Alvarez. É previsível o mal-estar que a moção provocará, porque envolve nomes de correntes aliadas e o partido quer evitar mais desgastes.

É HOJE
A mesa diretora e a Procuradoria-Geral decidem hoje se tornam nulos três parágrafos não lidos do relatório da CPI da Segurança ou julgam válida a publicação extraordinária do Diário da Assembléia.

VAI ADIANTE
O deputado Vieira da Cunha anuncia que, depois de aprovado pelo plenário da Assembléia o relatório da CPI da Segurança, irá pessoalmente à Receita Federal entregar todos os anexos reservados.

NA PRESSÃO - 1) No dia da votação do relatório da CPI da Segurança no plenário da Assembléia, o PT fará ato público de repúdio na Praça da Matriz; 2) Ciro Gomes contou em entrevista a O Globo, publicada ontem, o motivo da ruptura com o presidente Fernando Henrique: tinha revelado somente a ele problemas que enfrentava no seu primeiro casamento. Logo depois, saiu numa coluna de jornal. Desde então fico u a forte suspeita.

OLHO NO CAIXA
Passada a turbulência da CPI da Segurança, a Assembléia deve instalar, esta semana, a subcomissão do Caixa Único, para investigar alegado rombo nas contas do Estado. Os integrantes: deputados Adilson Troca, César Busatto, Jussara Cony e Vilson Covatti. O relator será Bernardo de Souza, que propôs sua criação.

DO BARULHO
O governador Itamar Franco e o senador Pedro Simon formam a dupla do barulho, segundo governistas do PMDB. Ainda não ouviram nada.

NÃO DESISTE
O ministro do Tribunal de Contas da União, Adylson Motta, tirou poeira de processo contra o ex-presidente do Banco Central Ibrahim Eris, no governo Collor, por empréstimo não bem explicado à Petrobras. Tinha quase caído no esquecimento, mas o gaúcho Motta não perdoa.

PARA DESOCUPAR
O delegado Luiz Carlos Muniz recebeu ordem para desocupar, em 30 dias, andar superior do prédio da delegacia de Gramado onde mora. O presidente da Associação dos Delegados de Polícia, Leão de Medeiros, atribui ao artigo de Muniz publicado no jornal da cidade em que pede nomes da 'banda podre' e critica ligações do PT com Clube da Cidadania.

O QUE FAZER
A reunião da coordenação de governo, hoje pela manhã no Palácio Piratini, volta à análise do relatório da CPI da Segurança e às estratégias para os próximos dias. Daqui para frente, o plantão é permanente.

EM 1981
Há 20 anos, neste mesmo dia, a Justiça Militar de São Paulo condenou 13 sindicalistas a três anos de prisão por incitamento à greve. Entre eles, Luiz Inácio Lula da Silva.

APARTES
Deputado Nelson Marchezan tem esperança de que a nova direção regional do PSDB não será burocrática.
José Fortunati fará palestra a todos os prefeitos do PDT que se reunirão em Porto Alegre 5a e 6a-feira.
Pré-candidato Tasso Jereissati instalou escritório político em São Paulo. Para bom entendedor, basta.
Câmara Municipal votará na 4a-feira o projeto que amplia o prazo das CPIs de três para seis meses.
Hoje à noite, em programas de TV e rádio, PPB mostra o que quer fazer. Falam Pratini, Bernardi e deputados.
Cúpula do PMDB começa a discutir hoje a posição da bancada na Câmara sobre o IPTU progressivo.
Da leitora Lícia Sentizel: 'Se a greve fosse de professores da Sorbonne ou de Harvard, FHC já teria resolvido'.
Deu no jornal: 'PMDB já fala em apoiar Roseana'. Pois o cordão dos puxa-sacos cada vez aumenta mais.
Pára-choque de caminhão: 'Formiga, quando quer se perder, cria asas'.


Editorial

ÍNDICE DOW JONES

Desde que o jornalista com especialização na área econômico-financeira Charles Dow, no derradeiro quartel do século XIX, conheceu e se associou ao colega Edward Jones, fundando a companhia Dow Jones, de informações gerais sobre finanças privadas, cujo boletim diário viria mais tarde a ser o famoso The Wall Street Journal, o tema não chegara à importância que tem hoje. Os dois criaram a teoria, como operadores da Bolsa de Nova Iorque, que se pode definir como a relação de causa e efeito entre acontecimentos eventuais, mesmo que aparentemente nada tivessem a ver com o mercado acionário, e o comportamento da Bolsa, tanto de Nova Iorque como das mais importantes regiões do mundo dos negócios com títulos. Tão importante foi o trabalho da Dow Jones, especialmente do primeiro dos sócios, que, pouco mais de meio século após sua morte, foi criado, baseado em seus estudos, um índice a orientar o mercado financeiro internacional.

Os acontecimentos de 11 de setembro, agravados agora pela explosão de um avião com perda total de vidas em número superior a 260, ambas as tragédias ocorridas na mais importante cidade dos Estados Unidos, põem em relevo os estudos de Charles Dow desde seus 20 anos no jornalismo especializado em economia e finanças. Os efeitos dos fatos que enlutam a nação norte-americana sobre o mercado de títulos mobiliários são decorrência da estreita relação entre a sociedade como um todo, mesmo que não afeita a negócios de Bolsa, e o exclusivo mundo das operações de pregão.

Daí os resultados que nós próprios, tão distantes do teatro dos acontecimentos em termos de geografia, já estamos começando a sentir, e que sentiremos muito mais nos próximos tempos, na nossa economia em geral. Nenhum país, rico ou pobre, grande ou pequeno, se livra desses resultados; sob certo aspecto, o mundo moderno tem um tipo de globalização criado espontaneamente pelos acontecimentos, ainda que surgidos sem qualquer convenção de vontades de dirigentes. Charles Dow e Edward Jones sabiam essa lição há mais de século.


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11/19/2001


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