Prefeito de Chuí esclarece denúncia de envolvimento com terrorista
A Comissão de Constituição e Justiça, a pedido do deputado Germano Bonow (PFL), recebeu ontem a presença do prefeito reeleito de Chuí, Mohamad Kassem Jomaa, com o intuito de esclarecer a comunidade gaúcha e em especial os moradores de Chuí sobre as denúncias de que estaria envolvido em esquemas de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e que seria um aliado no Brasil do terrorista, inimigo número 1 dos EUA, Osama Bin Ladem.
Conforme Bonow, na terça-feira passada, na hora do ataque aéreo às Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e ao Pentágono, em Washington, o prefeito do Chuí estava em seu gabinete. “Presenciei seu temor diante daquela situação e hoje temos aqui a finalidade de preservar a imagem desse político perante sua comunidade”, afirmou Bonow.
Em sua defesa, o prefeito Jomaa admitiu que existe na Polícia Federal um processo sobre sua nacionalidade.
“Minha ex-esposa, que atualmente mora no Líbano, levantou a suspeita de que eu não era brasileiro”, lamentou. O prefeito teme também que essa polêmica a respeito de sua idoneidade possa refletir na vida de seu filho de 14 anos que mora no Líbano com a mãe. “Falo com ele no mínimo duas vezes por dia, e a notícia que tenho é que os jornais de lá publicaram que eu estaria preso aqui no Brasil”.
O deputado José Ivo Sartori (PMDB) elogiou a atitude da CCJ, através de seu presidente, deputado João Luiz Vargas (PDT), em trazer o prefeito para prestar esclarecimentos.
Mohamad Kassem Jomaa disse que voltará hoje para o Chuí, pois deve “respeito a sua comunidade”. Apenas durante a reunião com a CCJ, o prefeito tinha recebido 36 chamadas em seu telefone celular, todas provenientes de seu município.
09/19/2001
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