Presidente do conselho confirma que voto de Arruda é regimental, apesar de paradoxal



Referindo-se ao senador José Roberto Arruda (sem partido-DF), o presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), informou que o regimento possibilita que um senador membro do conselho vote, mesmo em um processo em que esteja sendo investigado.

- É realmente paradoxal, alguém estar sendo investigado pelo Conselho de Ética e votar. Agora, pela lei, pode votar. O nosso regimento diz que, para um senador não votar, ele próprio tem que manifestar o seu impedimento - afirmou Tebet, ao ser questionado se considera o fato de Arruda votar em sua própria defesa uma atitude ética.

Tebet, porém, deixou claro que um senador pode ficar impossibilitado de votar por outros motivos. Ele citou a questão de ordem levantada pelo senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), que argumentou que Arruda vem acumulando faltas nas reuniões do conselho, o que poderia levar à sua exclusão (veja matéria).

- Eu deixei para resolver sobre essa questão de ordem depois, porque no momento não tinha elementos para decidir. Mas isso não atrasa em nada o processo, pois a questão será decidida até a próxima quarta-feira (dia 23) - anunciou o presidente do conselho.

16/05/2001

Agência Senado


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