Presidente do Senado diz que é hora de Dilma Rousseff falar



"Não é por falta de requerimento que a ministra vai deixar de vir ao Senado". A afirmação é do presidente do Senado, Garibaldi Alves, ao comentar, na manhã desta terça-feira (22), os requerimentos aprovados em comissões da Casa para que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, manifeste-se sobre assuntos do governo no Senado.

-Eu acho que ela não está se recusando a falar. Acho que está havendo é um excesso de proteção à ministra. A ministra é a mãe do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], mas agora há um paternalismo muito grande em torno da ministra, para que ela não fale, para que ela não possa dizer alguma coisa. A ministra certamente merece dos líderes do governo essa dedicação toda, mas tem hora que uma dedicação como essa não serve, termina não servindo nem à ministra, nem ao país e nem ao governo.

No entender de Garibaldi Alves, é suficiente que os líderes partidários entrem num acordo para uma definição sobre qual a melhor data para Dilma Rousseff vir ao Senado. Ele considera conveniente também haver acordo sobre o assunto a respeito do qual ela vai discorrer.

- Eu creio que é só entrar num acordo a respeito do que a ministra vai falar, sobre o PAC ou o problema dos cartões corporativos, e ela vem e fala. Acho que já está na hora de a ministra falar.

Na mesma entrevista, o presidente do Senado foi indagado sobre a possibilidade de o comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno, vir ao Senado explicar a declaração de que a política indigenista brasileira está na contramão da sociedade.

- Não conheço bem as normas no que toca à apresentação do general para explicar-se. Se o general fosse um civil, já teria que falar. Como é militar, há normas no sentido de evitar pronunciamento. Pode ser que em determinadas convocações o general não possa vir. Mas sou favorável ao debate, sobre fronteira e sobre o que está acontecendo na Amazônia.

22/04/2008

Agência Senado


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