Prestadores de serviços do IPE reclamam atraso de pagamento
A Comissão especial que trata de assuntos de Previdência do Estado, ouviu hoje (23/10), representantes dos prestadores de serviço do IPE. Eles denunciaram que o atraso no pagamento dos serviços aos hospitais, clínicas e laboratórios chega a ser de seis meses, noutros dois meses e outros nem sequer foram atingidos.
Segundo o presidente do Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre, Paulo Gusmão, não há critério para os atrasos. Hoje os cortes no pagamento chegam a atingir 60% das entidades prestadoras de serviços. Ele disse que há comentários, inclusive, de que as clínicas de imagens são as que sofrem maior atraso por serem as mais ricas. Para Gusmão, isso é uma forma de discriminar. "Quem mais sofre são clínicas, laboratórios e hospitais, cujo faturamento é reduzido sensivelmente, e não podem deixar de cumprir suas obrigações financeiras", diz ele.
O presidente da Comissão , deputado Otomar Vivian (PPB), explicou que o Instituto tem uma arrecadação superavitária para o serviço médico, pois recolhe mensalmente cerca de R$ 33 milhões e gasta R$ 28 milhões.
Segundo o representante da Federação dos Hospitais do Rio Grande do Sul, Pedro Westphalen, os repasses já estão sendo reduzidos para R$ 19 milhões ao mês, o que agrava ainda mais a situação.
O que mais preocupa os prestadores de serviço do IPE é que , além da falta de critérios nos repasses, não há ainda qualquer indício de um cronograma de pagamentos.
Alto Nível
A Comissão voltará a se reunir na próxima terça-feira, dia 30, para ouvir representantes da Comissão de Alto Nível, instituída pelo Executivo, com integrantes do Legislativo e do Judiciário, que trata da matéria. Também serão ouvidos auditores do Tribunal de Contas do Estado, que elaboraram o relatório sobre a situação do IPE.
10/23/2001
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