Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) do Brasil é destacado na Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU (COP 11)



Representantes dos Ministérios brasileiro e alemão do Meio Ambiente, do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), do Banco Mundial, da Fundação Gordon e Betty Moore, da Convenção sobre Diversidade Biológica, do WWF Internacional e da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) se reuniram hoje durante a COP11 na Índia para debater o futuro da ARPA (Programa Áreas Protegidas da Amazônia).

O evento paralelo intitulado de “ARPA para a Vida- Uma parceria pública e privada para assegurar o futuro da maior floresta tropical do mundo” aconteceu hoje durante a Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, a COP11, e se concentrou na próxima etapa do programa ARPA: "ARPA para a Vida", lançado este ano durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. 

O objetivo do "ARPA para a Vida" é criar parcerias públicas e privadas para beneficiar milhares de famílias que vivem na região, para contribuir com a estabilização do clima global, para manter a qualidade da água e para proteger uma imensa variedade de espécies vegetais e animais.  A primeira fase do programa já assegurou 24 dos 60 milhões de hectares de meta e gerou US$ 80 milhões para apoiar a consolidação de 64 áreas na região da Amazônia.

A sessão foi aberta com um vídeo da Ministra brasileira do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em que discursa sobre a importância da ARPA, que tem sido essencial ao país na luta contra crimes ambientais, desmatamentos ilegais e no fortalecimento do papel das áreas protegidas e da conservação da biodiversidade.

A Ministra Teixeira enfatizou: “é impossível que o planeta avance, que reduza e erradique a pobreza, que alcance desenvolvimento urbano, que cuide dos oceanos e que desenvolva novos modelos econômicos sem que a biodiversidade esteja no centro deste debate político em níveis global, regional, nacional e local”.

Bráulio Ferreira de Souza Dias, Secretário Executivo do Secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP11), também se juntou à sessão, destacando que “a ARPA é um dos melhores e maiores projetos de conservação do mundo e, sem dúvida, o maior para florestas tropicais.  Isso nos prova que, se aumentarmos as parcerias entre os setores privado e público no intuito de mobilizar recursos e operacionalizar a utilização destes mesmos recursos, podemos fazer muito mais”.

Vários palestrantes informaram que o programa "ARPA para a Vida" preserva uma área maior que a Alemanha ou equivalente ao Sistema de Parques Nacionais dos EUA. Lasse Gustavsson, Diretor Executivo de Conservação do WWF Internacional observou: “não creio que haja qualquer outro lugar no planeta que seja tão importante para a preservação da biodiversidade quanto a Amazônia”.

Ao término, Francisco Gaetani, Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente brasileiro, disse: “Estou certo de que não se pode vislumbrar um futuro para o Brasil com mais igualdade, justiça, crescimento, inclusão social e proteção ambiental sem que a Amazônia desempenhe um papel estruturador no desenvolvimento nacional”.

Fonte:
SECOM



17/10/2012 14:01


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