Programas sociais do governo federal são avaliados por seus públicos



O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) realizou três pesquisas que apontam que os programas sociais brasileiros são bem avaliados por seus públicos. O MDS entrevistou mais de 4 mil famílias beneficiárias do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada em Sergipe. Além disso, o ministério avaliou os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros Especializados (Creas). O MDS também pesquisou, no Vale do Jequitinhonha, a distribuição do leite. No Maranhão e em Minas Gerais, constatou necessidade de programas de qualificação profissional, organização e fortalecimento produtivo.

Os resultados das avaliações dos programas sociais do governo federal foram apresentados pelo MDS, em Brasília, durante a oficina “Agenda de Conhecimento”, promovida pelo ministério e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O primeiro estudo mostra os resultados da articulação do Programa Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) com os serviços oferecidos pelo Sistema Único de Assistência Social (Suas). Mais de 4 mil famílias foram entrevistadas nos municípios de Aracaju e Nossa Senhora do Socorro, em Sergipe.

“Queríamos saber se os equipamentos de assistência social, principalmente os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e os Centros Especializados (Creas), estão próximos ou distantes das pessoas que buscam os serviços, se os conhecem e como os avaliam”, explicou Haroldo Torres, pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), instituição responsável pela avaliação.

O diretor da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania do MDS, Daniel Ximenes, disse que “o Bolsa Família é um grande potencializador da política social, pois ajuda na identificação para o cadastramento e chama a população para frequentar os equipamentos de assistência social”.

Outra pesquisa tratou do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Leite. O estudo avaliou a distribuição do produto e as famílias beneficiadas no Norte de Minas Gerais. O Instituto Datamétrica visitou 426 pontos de distribuição e entrevistou 2.647 famílias para a avaliação.

A satisfação dos beneficiários com o programa foi uma das questões constatadas na avaliação. Ao serem questionadas sobre o programa, as famílias o avaliaram com nota média de 9,6, em uma escala de 1 a 10. A avaliação abrange qualidade do atendimento, qualidade do leite e calendário de entrega do produto.

Outro estudo foi o diagnóstico de potencialidades de inclusão produtiva do público inscrito no Cadastro Único. A pesquisa, produzida pelo Instituto Sagres, avaliou a geração de trabalho e renda em dois municípios localizados no entorno de grandes plantas industriais de refino de petróleo e mineração. Os locais avaliados foram os municípios no entorno da refinaria de Bacabeira, no Maranhão, e da siderurgia do Alto do Paraopeba, em Congonhas, em Minas Gerais.

A pesquisa constatou a necessidade de programas de qualificação profissional, organização e fortalecimento produtivo. “Podemos destacar que, quanto maior a participação do estado, maior é a capacidade de inclusão produtiva”, disse a secretária extraordinária de Superação da Extrema Pobreza MDS, Ana Fonseca.

 

Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome



06/12/2011 11:45


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