Projeto que amplia o pregão eletrônico nas compras do governo pode ser votado nesta terça-feira pela CAE



A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deve votar nesta terça-feira (18), em reunião marcada para as 10h, projeto de lei do Poder Executivo que amplia a utilização do pregão eletrônico nas compras do governo. As mudanças nas regras das licitações públicas (Lei 8.666/93), conforme prevê o projeto, têm por meta dar maior transparência às compras governamentais, combater a corrupção, trazer economia para os cofres do Executivo, além de dar maior celeridade na contratação de obras, especialmente as do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O projeto (PLC 32/07), já aprovado pela Câmara dos Deputados, chegou à CAE no dia 28 de junho último. Foram apresentadas ao texto 38 emendas. Para aprofundar o debate sobre o conteúdo da matéria, o presidente do colegiado, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), promoveu audiência pública e três reuniões na liderança do governo. Se aprovado, o projeto segue para análise do Plenário.

Nos pregões eletrônicos, os fornecedores disputam, em sessão pública, a oferta do melhor preço. Na Câmara, foi fixado em R$ 340 mil o valor de obras sujeitos ao pregão. No Senado, o parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) elevou esse teto para R$ 3,4 milhões, omesmo valor adotado por Eduardo Suplicy (PT-SP), relator da matéria na CAE. Setores da construção civil defendem o teto de R$ 340 mil. Na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), os senadores defenderam um limite ainda mais elevado, R$ 51 milhões.

Com o objetivo de combater o superfaturamento, o projeto também cria o Cadastro Nacional de Registros de Preços, que ficará sob responsabilidade da União. Esse banco de dados permitirá que os governos estaduais e municipais tenham condições de avaliar os preços médios praticados em todo o país para obras e serviços.

Na mesma reunião desta terça-feira, a CAE deve examinar outros 12 projetos, entre os quais o PLS 213/07, de autoria do senador Adelmir Santana (DEM-DF), que não considera abusiva a fixação de preço diferenciado na venda de bens ou na prestação de serviços pagos com cartão de crédito em relação ao preço à vista, desde que o consumidorseja informado. Se aprovado, o projeto segue para análise da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) onde será votado em decisão terminativa.



17/09/2007

Agência Senado


Artigos Relacionados


Projeto que amplia o uso do pregão eletrônico para as compras do governo poderá ser votado na terça

Projeto que amplia uso do pregão eletrônico nas compras do governo recebe 69 emendas

Projeto que amplia uso do pregão eletrônico nas compras do governo está na pauta da CAE

CAE deve votar na terça projeto que amplia pregão eletrônico

Projeto da CPI dos Bingos torna obrigatório o pregão eletrônico nas compras do governo

Pregão eletrônico em licitações pode ser votado na CAE