Projeto São Francisco apoia pesquisa da flora na Caatinga



Entre as contribuições para a ciência que os recursos do Projeto de Integração do Rio São Francisco promovem, a principal colaboração sobre estudos da flora está em Petrolina, no sertão de Pernambuco.  No Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas (Crad), da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), pesquisadores estudam o único bioma exclusivamente brasileiro: a Caatinga. O método do coordenador do Centro, professor José Alves de Siqueira, considera a necessidade de conhecer as plantas para saber como o bioma é formado, resgatar as espécies, coletar sementes para guardá-las e produzir as mudas. Em seguida, descobrir como recuperar a Caatinga.

Frentes de pesquisa

A criação do Crad e o trabalho dos pesquisadores junto às obras que criam canais para levar as águas do Rio São Francisco aos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará fazem parte dos investimentos em ciência que a obra da transposição possibilita. Os investimentos em estudos da flora, da fauna e em arqueologia somam quase R$ 1 bilhão.

O Centro dedica-se à flora e à recuperação de áreas degradadas, promovendo várias frentes de trabalho. Com a coleta de espécies vivas, por exemplo, é possível manter em laboratório cerca de três milhões de sementes em câmara fria, a 7°C. As cerca de 150 espécies da coleção são todas comuns às áreas onde ocorrem as construções do empreendimento.

As sementes também são utilizadas em novos estudos sobre germinação. Pesquisadores analisam a melhor forma de induzir a brota ou as espécies de plantas que precisam de outros agentes como o clima, insetos, aves, animais ou mesmo uma ação humana.

Herbário

O centro também possui um herbário com mais de 10 mil espécies devidamente catalogadas, muitas em duplicata para a constante troca de informações com instituições similares, rotina comum entre os herbários ativos. "Queremos nosso herbário como uma referência das plantas existente nos biomas encontrados na bacia do rio São Francisco", garante o professor.

Como indicador de sua atividade, o local possui duas espécies que estão em fase de descrição e podem se tornar as primeiras contribuições para a ciência. Uma é da família das samambaias e outra uma araliácea.

 

Fonte:

Ministério da Integração

 

 



09/10/2013 18:44


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