Promotores do Gaeco sugerem identificação de mais peças dos veículos



Os promotores públicos do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Eder Segura e Levy Emanuel Magno, sugeriram aos integrantes da comissão parlamentar mista de inquérito (CPI) que está investigando o desmanche de veículos que estudem a possibilidade de tornar obrigatória a identificação de mais peças nos automóveis. Eles acreditam que esta seria uma forma de reduzir drasticamente os índices de furto e roubo de veículos.

Segundo o relator da CPI do Desmanche, deputado Hidekazu Takayama (PMDB-PR), a comissão mista está analisando, junto com a indústria automobilística, uma forma de tornar obrigatória a identificação de no mínimo 25 a 35 peças de cada automóvel, mas sem que essa medida implique impacto econômico para as fábricas. O promotor Eder Segura opinou que se a idéia for adotada, dificultará o trabalho do criminoso e, conseqüentemente, reduzirá o roubo ou furto com a finalidade da venda de suas peças.

Já o promotor Levy Emanuel Magno informou que o Gaeco recebeu várias denúncias sobre um tipo de fraude praticado contra as seguradoras. O próprio proprietário do veículo, ou um cúmplice, conduz o automóvel segurado até o Paraguai. Lá é feita, em cartório, a transferência do veículo para uma outra pessoa sem que haja a necessidade do veículo sequer ser vistoriado. O automóvel passa para um outro dono no país vizinho enquanto que, no Brasil, o proprietário original aciona a seguradora para receber o prêmio do seguro.



08/06/2004

Agência Senado


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