PSDB e PMDB discutem coligação no Estado
PSDB e PMDB discutem coligação no Estado
A aliança informal entre o PSDB e o PMDB para a presidência da República animou os tucanos gaúchos a repetirem o acerto com os peemedebistas do Estado para a disputa pelo Palácio Piratini. Durante os últimos dois dias, o presidente regional do PSDB, prefeito Carlos Albuquerque, esteve em Brasília, discutindo com lideranças nacionais e com o candidato José Serra a possibilidade de compor a chapa com os dois partidos no Rio Grande do Sul.
As direções regionais das siglas se encontrarão, na segunda-feira, para debater o tema. "Assim como temos negociado com o PPB, vamos conversar também com o PSDB, para consultá-los sobre seus interesses", antecipou.
Sobre o indicado para a cabeça da chapa, Albuquerque afirmou que concorrerá o candidato que tiver melhores chances eleitorais. "Não formaremos a chapa majoritária pensando somente na eleição, mas também em uma proposta de governo", garantiu. O presidente acertou, ainda, os detalhes da vinda de Serra ao Rio Grande do Sul, que está marcada para os dias 7 e 8 de abril.
O presidente regional do PMDB, Cezar Schirmer, informou que há possibilidade de aliança no Estado, dependendo do resultado das negociações. "Estamos abertos para conversar com todos os partidos", declarou.
Sobre o nome que encabeçará a chapa majoritária, disse que o PMDB não imporá condições para compor a coligação. "Nenhum partido pode sentar à mesa de negociação impondo nomes, porque precisamos respeitar as posições das outras legendas", avaliou.
O PSDB tem dois pré-candidatos ao governo estadual, o ex-vice-governador Vicente Bogo e a deputada federal Yeda Crusius. A definição sobre quem concorrerá ao Executivo sairá por consenso. No PMDB, o deputado federal Germano Rigotto é o candidato assumido, mas o partido ainda espera que o senador Pedro Simon aceite disputar o cargo.
Emília defende Paim para uma das vagas ao Senado
A senadora Emília Fernandes defendeu, ontem, o nome do deputado federal Paulo Paim para ocupar uma das vagas do PT ao Senado. A outra ficaria com ela, que concorreria à reeleição. "Nós representamos diferentes segmentos da sociedade, o interior e a capital, o negro e a mulher. Essas são condições que podem agregar e somar", avaliou.
Emília tomou café da manhã com o pré-candidato do partido ao governo, Tarso Genro, no City Hotel. No encontro, reafirmou a disputa pela vaga do Senado, manifestou apoio à candidatura do prefeito e se colocou à disposição para "abraçar sua campanha eleitoral".
Para ela, todos os pré-candidatos ao Senado são qualificados, mas a representatividade e a densidade eleitoral devem ser critérios para a decisão do partido. "O PT não pode concentrar a nominata na Capital, e os dois candidatos com maior densidade eleitoral são Paim e eu", avaliou. As outras duas candidaturas cogitadas pelos petistas são a do chefe da Casa Civil, Flávio Koutzii, e a da presidente do Cpers/Sindicato, Juçara Dutra.
Emília criticou a divisão de cargos entre as correntes internas. "Não devemos formar a chapa baseados no critério de divisão (entre tendências), mas de construção. Não podemos trabalhar com repartição", comentou.
A senadora tem conversado com diversas lideranças em busca de apoio à sua pré-candidatura. "Não fiz acordo com ninguém para ingressar no partido. Se houvesse garantias, eu estaria em casa dormindo e não dialogando com os companheiros. Houve, sim, um reconhecimento público pelo meu trabalho", informou.
Sobre a disputa pelo governo gaúcho, afirmou que a vitória depende da unidade interna. "É uma eleição de pessoas descontentes, inclusive com seus próprios partidos. Precisaremos do apoio de quem não é PT, e acredito que o partido tenha amadurecimento suficiente para sair unido para a disputa", concluiu.
Hoje, o superintendente da Metroplan e pré-candidato à deputado estadual pelo PT, Jorge Branco, almoça com a senadora Emília Fernandes. A pauta do encontro será o apoio do Pólo de Esquerda à candidatura de Emília ao Senado.
FHC está em seu melhor momento e Serra cresce
A pesquisa feita pelo Ibope para a CNI é uma boa notícia para o presidente FHC e para o candidato do PSDB à sua sucessão, José Serra, apesar de o senador ter perdido três pontos porcentuais em relação à pesquisa anterior patrocinada pelo Bank of América. Em primeiro lugar, porque Fernando Henrique encontra-se no seu melhor momento em termos de avaliação política. Em segundo, porque Serra é visto como o candidato que melhor representa a moralidade e o respeito ao dinheiro público e apresenta o segundo melhor potencial de voto (42%), perdendo apenas para o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva (47%).
A avaliação negativa do governo recuou de 37% para 31% e a positiva aumentou de 21% para 28%, comparada com a pesquisa de dezembro do ano passado. Asssociado a esse desempenho, os pesquisadores descobriram que desde março de 1998 os brasileiros não estavam tão otimistas com o que vai acontecer no ano. Naquele mês, somente 60% tinham perspectivas positivas. Agora, em março, 73% dos entrevistados acreditam que 2002 vai ser bom ou muito bom, e 75% se declaram satisfeitos ou muito satisfeitos com a vida.
Aumentou, com isso, também o grau de confiança no presidente, o qual passou de 31% para 37%. Quanto a Serra, a sua performance melhorou, mas parece estar chegando ao limite. Apenas 12% dos entrevistados dizem que não o conhecem bem, enquanto dos 88% que teoricamente o conhecem, 16% pretendem votar nele, 43% disseram que não votariam nele de jeito nenhum e 42% que poderiam votar. A vantagem que Serra leva em relação aos outros candidatos está diretamente associada ao desempenho do governo e a FHC. Ele e o governo têm 40% de aprovação e 33% dos eleitores identificam Serra como o nome que melhor representa a sua continuidade política, enquanto 38% dos eleitores disseram que certamente votariam ou poderiam votar num candidato de continuidade.
Lula tem queda nas intenções de voto
O candidato do PT à sucessão presidencial, Luiz Inácio Lula da Silva, teve uma queda nas intenções de voto reduzidas de 31%, em dezembro do ano passado, para 24%, este mês. Apesas da queda, Lula ainda mantém a primeira colocação nas intenções de votos para as eleições de outubro. O candidato do PSDB, José Serra, subiu para a segunda colocação, passando de 5% das intenções de voto para 16%. Logo atrás de Serra aparecem o governador Anthony Garotinho, com 14% (em dezembro era 9%); e a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, que caiu de 16% para 13%. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos porcentuais.
O ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes, também teve uma redução passando de 10% para 6%. O governador de Minas Gerais, Itamar Franco também teve as intenções de voto reduzidas de 7% para 4%.
Parquímetro poderá ser pago com cartão de crédito
Os motoristas de Porto Alegre poderão utilizar o cartão de crédito para o pagamento dos parquímetros, a partir do segundo semestre. A informação é do diretor de transportes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Alexandre Goulart. Segundo ele, a empresa responsável pela instalação do equipamento está acertando os detalhes finais da negociação com uma empresa administradora de cartão de crédito.
O supervisor da Estapar em Porto Alegre, Daniel Almeida, informou que esta empresa responsável pela implantação dos parquímetros tem recebido reclamações dos clientes que não têm o hábito de utilizar moedas e reivindicam o pagamento com cédulas de R$ 1, R$ 5 e R$ 10. Segundo Almeida, a Estapar realizou testes com cédulas em um posto de venda no bairro Moinhos de Vento durante os meses de janeiro e fevereiro. Os testes foram feitos na loja devido à sensibilidade do equipame nto, que não pode pegar chuva.
Hoje, Porto Alegre possui 151 parquímetros que oferecem 2.712 vagas de estacionamento. Conforme Daniel Almeida, a pedido dos moradores, a empresa estuda a colocação de parquímetros na 24 de Outubro, Nova Iorque, Silva Jardim, Assis Brasil e Protásio Alves.
Hoje o estacionamento pago em Porto Alegre dispõe de 2.712 vagas nos bairros Azenha, Bom Fim, Centro e Moinhos de Vento, onde o veículo pode permanecer até 2 horas contínuas. O usuário adquire o cartão de estacionamento com os orientadores no local ou nos pontos comerciais conveniados.
Banco de Olhos lança campanha para a doação de córneas
O hospital Banco de Olhos de Porto Alegre, que hoje comemora 46 anos de fundação, está lançando uma campanha de estímulo à doação de córneas no Rio Grande do Sul. No Estado, 800 pessoas estão na fila de espera e podem levar de dois a três meses para serem atendidas, segundo a Central de Transplantes. O diretor-superintendente do Banco de Olhos, Antonio Quinto Neto, disse ontem que para sensibilizar as famílias a doarem órgãos de parentes falecidos e para as pessoas a decidirem em vida pela doação, o hospital conta com dois importantes apoios.
Os apoios vêm de uma campanha publicitária criada pela agência Escala e um projeto de lei de autoria do vereador Humberto Goulart (PDT) instituindo a data de 22 de março como "Dia da Conscientização da Doação de Córneas" em Porto Alegre. A campanha de doação de córneas terá a distribuição de cartazes e folhetos em hospitais, anúncios em jornais e revistas e filme para TV onde é divulgado o telefone de informações 3217-1616 da Central de Transplantes sobre como doar córneas.
O diretor clínico do hospital, Luiz Carlos Eirôa da Fonseca, explicou que a córnea pode ser retirada até seis horas após o óbito, diferente do outros órgãos, que são removidos com o paciente em morte cerebral.
O Banco de Olhos de Porto Alegre surgiu do trabalho de Lydia Moschetti, uma italiana que chegou ao Brasil em 1907, com o desejo de fazer algo pelos necessitados. Ela procurou ajuda da madre Nicolina Corvata, da Congregação Irmãs Filhas do Sagrado Coração de Jesus. As religiosas aceitaram o desafio de acolher a obra. Com o apoio da comunidade, construíram o novo prédio do hospital na Vila Ipiranga, que hoje está sob direção da Congregação.
Artigos
O custo da carteira de habilitação
Edson Luis da Cunha
A Autarquia do Departamento Estadual de Trânsito/RS anunciou recentemente, através de seu diretor-presidente, aumento do custo da Carteira Nacional de Habilitação. Hoje, o cidadão usuário pagará pelo seu diploma de motorista o equivalente a R$ 529,00. Na condição de presidente sindical e profundo admirador do Código de Trânsito Brasileiro, não poderia deixar de opinar sobre a relevância do fato, que pode significar o custo de uma vida. Seguramente o aumento foi de indiferença para alguns e motivos de críticas para outros, entretanto, não temos o direito de banalizar o custo de vida humana e a adequada CNH pode ser a grande diferença. É preciso lembrar algumas considerações importantes em torno da decisão. Este serviço público concedido entrou em operação no Estado em julho de 1997. Nestes cinco anos de atividade dos Centros de Formação de Condutores, o custo foi fixo, sem sequer o repasse de inflação acumulada. Ora, trata-se aqui de empresários que têm seu custo fixo atrelado à realidade de nosso País. Vale lembrar que só os combustíveis tiveram aumento de mais de 120%, os dissídios coletivos de pagamento de recursos humanos, que só repassaram a inflação, foram onerados em mais de 35% e daí por diante. Face esta realidade, vem a pergunta e o contraponto, como continuar executando a missão de educar nestas unidades de ensino (CFCs) sem reajustes proporcionais à realidade econômica e financeira? Como manter a qualidade desta formação tão claramente proposta pelo Código de Trânsito Brasileiro e rigidamente fiscalizada pelo Detran/RS?
É de recordar, e o faço sempre com inédita insistência, que o programa de execução do CTB em nosso Estado é o melhor do País. Fomos os pioneiros e criamos modelos para os outros estados da federação. O leitor se perguntará, como validar estas afirmativas? A primeira grande resposta é a própria aceitação do povo gaúcho, jamais houve repúdio popular contra a aplicabilidade do Código em nosso Rio Grande, e a segunda são os dados estatísticos oficiais apresentados pelo Detrans/RS. Nossa frota de veículos tem índices de crescimento invejáveis, hoje representada por mais de 3,200 mil unidades. Cidadãos habilitados são mais de 2,600 mil, dos quais meio milhão foram habilitados pelo novo sistema. Esta é uma realidade incontestável, frota e habilitação em pleno crescimento, vamos cruzá-la com a estatística de mortes no trânsito. Em 1997, com uma frota de 2,6 milhões de veículos, morreram vítimas de acidentes 1144 pessoas e, em 2001, com 3,2 milhões de veículos, foram registradas 839 mortes. Resultado é que 305 vidas foram poupadas deste cancro nacional que é o acidente com vítima. Possivelmente a maioria é de pais, indivíduos que provêem o sustento de suas famílias. Portanto, não deixemos banalizar o custo da vida humana. Vamos ter orgulho de nosso diploma de motorista.
Colunistas
ADÃO OLIVEIRA
Aécio Neves faz apelo a deputados
O presidente da Câmara, deputado Aécio Neves, vai fazer um apelo aos parlamentares para que permaneçam em Brasília, na próxima semana, antes do feriado, para o fim da votação da emenda que prorroga a CPMF e a desobstrução da pauta de medidas provisórias. Aécio vai anunciar novas regras administrativas na Casa para garantir o comparecimento dos parlamentares, pelo menos, até as quintas-feiras.
Coluna
Jantei outro dia com o colunista Cláudio Humberto Rosa e Silva, um dos jornalistas mais bem informados do Brasil. Fiquei impressionado com a rede de informação que ele pilota. A coluna de Cláudio Humberto é muito lida pelos gaúchos. Ele recebe muita correspondência do Rio Grande, principalmente da grande Porto Alegre. Eu vi!
Acordo
Depois de trair o senador Pedro Simon e parte do PMDB que quer enfrentar as eleições presidenciais com candidato próprio, o mercurial Itamar Franco caiu nos braços de José Serra, do PSDB. Itamar retirou a candidatura a presidente, mas buscará a reeleição ao governo de Minas Gerais. Com o apoio do PSDB. De José Serra.
Abril
No mesmo dia 2 de abril em que o PMDB governista vai anunciar a coligação com o PSDB de Serra, a outra parte do partido - a ala independente - deve anunciar o nome de seu candidato a presidente da República. Um grupo formado por Pedro Simon, Maguito Vilela, Paes de Andrade, Roberto Requião e outros, continuam com a idéia da candidatura própria. Isso vai dar uma confusão!
Simon
Enganam-se os que pensam que o senador Pedro Simon vai ser candidato ao governo do Rio Grande do Sul. Simon nem pensa nisso, apesar da pressão que vêm sofrendo. Ele acha que por aí as parcerias já estão todas acertadas. O que é que ele vai fazer lá? Tá certo!
Padilha
É muito notada a ausência do ex-ministro Eliseu Padilha, de Brasília. Articulador de primeira, Padilha não está participando das confusões que envolvem o seu PMDB. Ainda que seja amigo dos integrantes da cúpula do partido, Padilha se diz solidário com Simon nesse verdadeiro "racha" que envolve o partido de Ulisses Guimarães. Aqui se diz que Padilha está cuidando da sua campanha à Câmara Federal. E só.
Fogaça
Colegas do senador José Fogaça, aqui no Senado, estão muito preocupados com a sua sorte. Fogaça, que deixou o PMDB pelo PPS, pode ser uma das vítimas do próximo pleito, lamentam seus amigos. Outro dia, numa roda de jornalistas, n o salão verde, só se falava que as composições que estão sendo feitas no Rio Grande poderão prejudicá-lo. Eu confio na inteligência dos eleitores. Fogaça é um dos mais brilhantes legisladores do Brasil.
CARLOS BASTOS
Zambiasi é o consenso de Brizola
O ex-governador Leonel Brizola fez uma revelação importantíssima ao ser entrevistado por Lasier Martins, ontem à tarde na rádio Gaúcha, quando deixou claro que o nome que tem para a Frente Trabalhista chegar ao consenso é o do presidente da Assembléia, deputado Sérgio Zambiasi, principal liderança do PTB no Estado. O líder trabalhista no diálogo com Lasier tratava do consenso a que devem chegar os partidos aliados em torno da candidatura de Ciro Gomes à presidência, quando soltou: "Falamos no Fortunati, que é o nosso candidato, falamos no Britto, que é o preferido do PPS, mas não falamos do Zambiasi". E aí passou a tecer elogios: "Observem a personalidade dele. Ele não corre atrás. Ele não se impõe. Ele não pleiteia nada e não pede nada. E não procura ocupar os espaços. Isso lhe dá uma grande vantagem". Para um bom entendedor, Brizola deixou explícito qual o nome tão falado para o consenso da Frente Trabalhista. Agora só falta convencer Zambiasi, que insiste e teima em ser somente candidato ao Senado Federal.
Diversos
Outra afirmativa forte de Brizola: "O PT se encarregou de excluir Olívio Dutra da disputa pelo seu segundo mandato. Agora cabe ao bom senso dos partidos da Frente Trabalhista encontrar um nome para excluir a possibilidade de Tarso Genro chegar ao Palácio Piratini".
Brizola sustentou que não será muito difícil que PPS, PDT e PTB cheguem a um consenso no Rio Grande do Sul. Diz que bastará se chegar a um nome que agrade aos três partidos, e a um programa comum, "embora sejamos diferentes".
O ex-governador sustentou que Fortunati é o nome do PDT, mas que em uma aliança não se pode chegar com imposições ou vetos. Assim, caso seja adotada outra fórmula, o presidente da Câmara Municipal tem condições de integrar a chapa majoritária.
E por falar em Zambiasi, o presidente da Assembléia depois da abertura do Congresso Estadual de Vereadores no Auditório Dante Barone, ontem, disse aos jornalistas que até junho o PTB, o PPS e o PDT deverão definir uma candidatura única à sucessão do governador Olívio Dutra.
No evento promovido pela Uvergs, o deputado Marco Peixoto (PPB), que é presidente da Escola do Legislativo e coordenador do Programa Interlegis, anunciou que nos próximos dias uma caravana estará percorrendo as Câmaras Municipais, para fazer palestras e oferecer cursos sobre o papel do vereador e o processo legislativo.
O Movimento Sinal de Alerta, integrado por diversas entidades do setor de segurança pública e que conta com a participação do presidente da Comissão do Mercosul, deputado Luis Augusto Lara (PTB), decidiu percorrer em caravana, a partir de 8 de abril, 12 cidades gaúchas com o objetivo de promover atos públicos para discutir a questão da segurança pública e as suas soluções.
Última
A Democracia Socialista decidiu assumir o nome de Miguel Rossetto para concorrer à reeleição na chapa do prefeito Tarso Genro. A DS não admite, no entanto, que o vice-governador participe de uma disputa e só aceita a indicação de seu nome pelo PT caso a decisão seja por consenso. Os partidários de Rossetto entendem que a escolha do partido deve ser construída através de consultas aos delegados e de um amplo diálogo.
FERNANDO ALBRECHT
Missão impossível
Católico apostólico romano fervoroso, o vereador João Carlos Nedel (PPB), aqui de pé de paletó claro, distribuiu a todos os vereadores a Cartilha Eleitoral de Dom Dadeu Grings. Tenta buscar ovelhas de rebanho alheio para seu aprisco. Lendo com atenção o documento observam-se o pastor Almerindo Filho (PSL), o israelita Isaac Ainhorn (PDT) e João Dib (PPB). Nedel garante que ainda vai conseguir a conversão de muitos colegas. Missão para João Tom Cruise Nedel.
O assalto nosso...
O empresário Félix Peter é mais um cidadão que diz não saber mais o que fazer com relação à insegurança. Em cinco dias, ele foi assaltado duas vezes. E levaram seu carro em ambos, claro. Peter faz questão de elogiar os policiais da 9ª e 12ª DP, que posteriormente recuperaram o veículo e documentos. E há duas semanas seu irmão foi vítima de um seqüestro-relâmpago quando estacionava na frente do prédio de Félix.
de cada dia...
Uma jornalista foi abordada às 7h, nas imediações do Instituto de Educação, por uma dupla de adolescentes armados e chapados. Andaram por toda a cidade e graças a Deus que não a colocaram no porta-malas do carro. "O mais bonzinho", conta ela, "me apontou um revólver para a cabeça" e contou que faziam um seqüestro por dia. Imaginem o piorzinho. Reclamaram que o celular era um Nokia antigo e da qualidade dos CDs. Só faltou ameaçar com o Procon.
...nos dai hoje
Contrariando o que recomendam os policiais, a jornalista entabulou conversa com a dupla, um deles completamente trêmulo com o revólver na mão. Ela elogiou o que estava na direção, dizendo que guiava bem. "Pois é tia, nem carteira tenho mas estou pensando em tirar uma", disse. "Minha mãe nem imagina que eu faço assaltos para viver", disse o outro. Ao final, um preju de R$ 4 mil - R$ 1.050,00 no caixa eletrônico, relógio, celu e outros objetos.
Substituição
A ação de execução que o Banrisul move contra o Internacional tem novidades. O clube entrou com embargos à execução. No despacho, o juiz da 7ª Vara da Fazenda Pública excluiu alguns nomes da diretoria e incluiu outros, a pedido do autor. No despacho lê-se "tome-se a termo a penhora oferecida em substituição (passe de Ronaldo). Oficie-se à FGF tudo como ali requerido (liberação do passe de Anderson)". Agora é só sacramentar em cartório.
Ofensiva
A Associação Gaúcha de Jogos e Entretenimento está promovendo uma campanha para a regularização dos jogos eletrônicos no Estado. O argumento central é que o Rio Grande do Sul perde cerca de R$ 30 milhões por ano em impostos, sem contar com a criação de empregos e fluxo turístico como já se observa em outros estados. A Constituição de 1988 deu aos estados poder de regularização.
A versão de Erico
Sobre comentário da página a respeito do candidato "oposicionista" Tarso Genro, o deputado Erico Ribeiro (PPB) diz que durante três anos, as expressões mais repetidas pela bancada governista foram "herança maldita", "oposição raivosa" e "não se conformam com a derrota eleitoral". Pois nada como uma eleição depois da outra, acha Erico. "As prévias do PT mostraram que é o governo Olívio que está sendo visto como herança maldita pelos próprios companheiros.
Simulação
A Ufrgs foi selecionada para representar o Afeganistão na simulação-modelo da ONU no World Model United Nations. A partir de amanhã, em Belo Horizonte, os estudantes Maitê Schmitz, Rafael Garcia, Ricardo Castro, Tâmara Soares, Tatiana Aranovich, Thales Gonçalves e Thomaz Santos vão interagir com estudantes de todo o mundo, numa simulação de assembléia da ONU.
Caça ao vereador
Recentemente o vereador Adeli Sell (PT) foi vítima de agressão de um flanelinha. Já teve seu carro riscado e pichado. E seu colega de partido, Juarez Pinheiro, foi espancado na Lima e Silva. A colenda divulgou nota repudiando a agressão e vai providenciar a segurança do vereador Pinheiro.
Ganha, colorado
O Internacional lançará dia 4 de abril, aniversário do clube, o Ganha Colorado, com alguns sorteios curiosos para quem comprar a cartela, que custará R$ 1,00. Dois participantes sorteados terão direito a bater um pênalti em jogo no Beira-Rio; quem fizer o gol ganha um carro; se errar, recebe R$ 5 mil de consolação. O projeto é do professor Túlio Ordovás e o gerenciamento do s oftware é de Davi Castiel Menda.
Fêmina abre segunda o novo Centro de Diagnóstico por Imagens para pacientes SUS.
Solenidade de instalação do Rotary Club Moinhos será segunda às 20h no Sheraton.
Inaugura hoje a filial Portosol de Cachoeirinha, na avenida Flores da Cunha, 696/01.
Presidente da Afisvec, Roberto Kupski, foi eleito presidente da Febrafite.
Inaugura hoje às 20h na sede do Sindilojas de Camaquã o Balcão Sesc/Senac.
Micromega inaugura dia 25 sua nova sede no Pólo de Informática de São Leopoldo.
Festa do Troféu Mulher Destaque Nacional 2002, da Imagem News, será dia 26 às 21h no Cord.
Editorial
RELAÇÃO DE AMOR ENTRE A CIDADE E OS PORTO-ALEGRENSES
São 230 anos de fundação, 250 desde que 60 casais açorianos cruzaram o Atlântico em busca de novas terras, fugindo da falta de perspectivas. Foram pioneiros, mas não os últimos, décadas depois viriam os alemães, os italianos, seguindo-se outras etnias. Chegaram, viram e venceram. Com sacrifícios, muitos abandonados à própria sorte, mas encantava-os a imensidão da terra, a fartura das águas, o verde das matas, o cantar dos pássaros, a facilidade do plantio. Nossa Senhora da Madre de Deus acabou tornando-se, 230 anos depois, numa metrópole pujante. Resultado do esforço de gerações que nasceram, viveram, trabalharam, procriaram, sonharam e sofreram desilusões. Do elementar acampamento onde hoje está a Praça da Alfândega, os casais expandiram-se. A elevação que começa à beira do Guaíba, na Ponta do Gasômetro, sobe pela Duque de Caxias e continua na Independência forçou, durante um século e meio, a que a cidade se conformasse em ser ribeirinha. Era a primeira relação de amor dos colonizadores, o rio que lhes saciava a sede, irrigava as primitivas plantações e levava e trazia os navios com notícias e mercadorias. De 1772 a 2002 foi uma sucessão de pessoas, dirigentes, fatos, evoluções, problemas, vitórias coletivas na soma da existência de cada um dos que nos antecederam. Religiosos na educação e catequese, políticos que, de graça, formavam a Câmara Municipal, administrando Porto Alegre diretamente, sem prefeito. Escravos no trabalho, comerciantes no troca-troca de mercadorias, estancieiros que acorriam à cidade que se expandia, tirando de Viamão o título de capital da Província.
É uma história rica, escrita nos bairros, no casario, nas ruelas, nas várzeas que viraram praças, nas obras de artes, no cais do porto, na Praça da Matriz, no Solar Lopo Gonçalves. Os Chaves Barcelos, Renner, Milano, Peçanha, Guaspari, Di Primio Beck, Macedo, Medeiros, Cunha, Vargas, Ribeiro, Jardim, Masson, Lutzemberger, Geyer, Scarpini, Scherer, Gonçalves, Machado, Bergman, Prync, Bier, Bastian, Salgado, Rosa, Palmeiro, Azevedo, Annes, Castilhos, Rocha, Alves, Brasil, Becker, Barcellos, Leão, Bromberg e os Silva são apenas alguns dos sobrenomes de famílias que, nos últimos 150 anos, estiveram intimamente ligadas à história de Porto Alegre. Todos irmanados pelo desejo de progredir e muito amor, às vezes paixão, pela cidade. Entre os porto-alegrenses, merece destaque José Loureiro da Silva, nascido em 19 de março de 1902. Ele governou, após 200 anos, de 1937 a 1943, a estância do seu avô, Jerônimo de Ornellas, um dos pioneiros da cidade. De 1960 a 1963, o "bacharel-engenheiro" administrou-a pela segunda vez, eleito, morrendo em 3 de junho de 1964, caminhando em plena Rua da Praia. Pelos seus feitos, que dão forças no presente e projetam o futuro, os administradores, empresários e políticos devem ser dignos dos nossos antepassados. As obras, as escolas, os prédios, os serviços públicos e a decantada qualidade de vida foram construídos ao longo de décadas. Houve dificuldades, apontaram-se soluções. Existem dessaranjos e escassez, temos de criar novas pontes entre o passado de realizações, o presente de afirmação e o futuro dos sonhos que serão concretizados. Recebemos Porto Alegre bonita e progressista, vamos polila, embelezá-la, cuidá-la, mantê-la organizada, diminuindo as desigualdades, nivelando por cima seus cidadãos, equiparando as oportunidades, tornando-a mais classe média como antes foi, repassando-a assim a nossos filhos e netos para que eles, nos próximos aniversários, também tenham o que comemorar, respeitando o legado que receberam, sabendo-o fruto do amor de gerações e gerações que erigiram esta comunidade que nos orgulha.
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03/22/2002
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