Psiquiatra sugere rede de assistência para cura de viciado em 'crack'
Apesar de ressaltar que o consumo de crack resulta em uma doença cerebral crônica, o professor de psiquiatria Ronaldo Ramos Laranjeira, da Universidade Federal de São Paulo, declarou que há possibilidade de cura - mas ele argumentou que, para isso, é necessário criar uma rede de assistência para os viciados.
- O processo de cura leva tempo. E é preciso entender que o dependente não consegue, sozinho, parar de consumir - destacou ele durante audiência pública que ocorre neste momento na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Ao apresentar um estudo realizado com usuários de crack no estado de São Paulo, Laranjeira disse que, depois de cinco anos de consumo, cerca de 25% dos viciados analisados faleceram, a maioria deles com morte violenta.
- Falta uma rede de assistência para essa população, que é extremamente doente - frisou.
Laranjeira criticou a postura do Ministério da Saúde, que, segundo ele, resulta em desassistência aos usuários de crack. O psiquiatra afirmou que o ministério "se recusa a financiar a internação a essas pessoas".
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11/05/2010
Agência Senado
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