PT distorce a verdade na campanha eleitoral, diz Papaléo Paes




Em pronunciamento nesta quarta-feira (13), o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) disse que o PT distorce a verdade na campanha eleitoral, na tentativa de obter o voto dos eleitores no próximo dia 31. Ele apontou entre "as verdades" que o PT não reconhece o fato de a estabilidade econômica ter tido inicio no governo de Itamar Franco (1992-1995) e se consolidado no governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2003).

- O PT pegou uma economia estabilizada e não poderia nunca negar isso à nação - afirmou.

Papaléo disse ainda que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi "uma sigla criada por marqueteiros logicamente para ser jogada numa campanha eleitoral". Segundo ele, "se perguntar para qualquer pessoa pela rua, ninguém sabe dizer o que é" o programa.

- O programa nada mais é do que os investimentos normais que qualquer governo faz e que foram apelidados de PAC. No meu estado, esse programa não existe. As verbas liberadas para ele são ate menores do que eram paras as mesmas obras anteriormente - denunciou.

Papaleo lembrou ainda que o atual governo unificou benefícios já criados no governo de Fernando Henrique Cardoso, dando-lhes o nome de Bolsa-Família. O senador, no entanto, lamentou que a propaganda política atual insinue que o beneficio será alterado diante de uma eventual vitória do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra

Em aparte, o senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA) manifestou apoio a Papaléo Paes e disse que o trabalho de Fernando Henrique Cardoso permitiu que o governo Lula colhesse os "frutos atuais, ainda assim com imperfeições e sem olhar para o futuro". O senador ressaltou, no entanto, que o PT não enfrentou os problemas de infraestrutura, a elevada carga tributária e os gastos excessivos de custeio, que vão custar ao país um crescimento mais lento e menor no futuro.

Papaleo criticou ainda o uso político do Bolsa-Família pelos candidatos, embora considere humilhante o valor pago pelo benefício (R$ 70 a R$ 150, conforme afirmou).

- Eu vejo que quem ganha o salário mínimo consegue sobreviver na maior penúria possível, imagine falar de boca cheia em Bolsa-Família dando R$ 150, no máximo, para cada família - disse.

Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) esclareceu que o valor mínimo pago atualmente pelo Bolsa-Família, que hoje atende a 12,7 milhões de famílias, vai de R$ 22 a R$ 200 reais. Suplicy reconheceu que o valor é modesto, mas disse que o beneficio, muitas vezes, é o único meio de sobrevivência para milhões de pessoas.

Em resposta, Papaléo reiterou que os valores pagos pelo Bolsa-Família são "extremamente insignificantes" para que um cidadão sustente com dignidade a sua família. Ele disse que o Bolsa-Família é "extremamente necessário", mas que não deveria ser pago com valores humilhantes.

Professores

Em seu pronunciamento, Papaléo Paes também saudou a passagem do Dia do Professor, comemorado anualmente em 15 de outubro. Ele disse que é preciso rediscutir o papel da escola, dos educadores, das metas e dos instrumentos educacionais necessários para tornar o Brasil um país que tenha uma posição digna na história.

A educação de qualidade, disse Papaléo Paes, é um instrumento de inclusão social e o principal meio para que o Brasil deixe de ser um país em busca de um "futuro indefinido no concerto das nações". Ele lamentou que o país seja o 75º em termos de desenvolvimento humano, embora ocupe a 8ª posição na listas das maiores economias do mundo.

- Precisamos eleger a educação como verdadeira prioridade, os investimentos em educação apresentam elevadas taxas de retorno em termos sociais e econômicos - afirmou.



13/10/2010

Agência Senado


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