PT e PDT rompem em Alvorada
PT e PDT rompem em Alvorada
Os secretários municipais de Governo, Dilson Rui da Silva, e de Planejamento e Habitação, Rogério Santiago, além de 40 nomes de segundo escalão da prefeitura de Alvorada colocaram ontem à tarde seus nomes à disposição da prefeita Stela Beatriz Farias Lopes (PT) e do vice Edson Borba (PDT).
Pela manhã, a prefeita anunciou o rompimento com o PDT, acusando a bancada pedetista de boicotar a votação de projetos do Executiva na Câmara nos últimos dois meses. “Os vereadores do PDT se mostram descomprometidos com o projeto de governo da Frente Popular ao dificultar a votação de projetos importantes, negam o governo e não aceitam negociar”, afirmam a prefeita.
Edson Borba admite que os vereadores do seu partido “assumiram posições reacionárias e procuram prejudicar projetos construídos pelos dois partidos. Não vamos abrir mão das conquistas e da aprovação de 70% da população por conta de interesses externos”, avisa. Ele acusa os vereadores de apoiar Antônio Britto (PPS) ao governo.
O estopim da crise entre PT e PDT de Alvorada foi a proposta do Executivo para a construção de uma casa-abrigo para mulheres vítimas da violência, cuja votação foi vetada pelos cinco vereadores do PDT na sessão de terça.
Serra cai e fica em empate técnico com Garotinho
Luiz Inácio Lula da Silva permanece em primeiro lugar na preferência dos eleitores na mais recente pesquisa do Ibope
O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, permanece em primeiro lugar, com 33% da preferência dos eleitores na mais recente pesquisa de intenção de voto do Ibope, divulgada ontem à noite. Lula tinha 38% na pesquisa feita em junho, caiu para 34%, passou para 33% e agora manteve o índice. Ciro Gomes, candidato da Frente Trabalhista (PPS-PDT-PTB), aparece com 26%.
O candidato do PSDB, José Serra , de acordo com os números anunciados, tem 13%. Anthony garotinho (PSB), apresenta 11% da preferência do eleitorado. A diferença diminui entre Lula e Ciro, que subiu quatro pontos. Serra e Garotinho estão tecnicamente empatados. O Ibope ouviu duas mil pessoas entre os dias 21 e 23 de julho, em 145 municípios. A margem de erro da pesquisa é de 2,2% para mais ou para menos.
Câmara de NH fará nova CPI
A Câmara de Novo Hamburgo aprovou ontem a criação de nova CPI para investigar as denúncias do vereador Sérgio Schuck (PTB) contra Ralf Cardoso (PT). Cardoso é acusado de gastos excessivos e de empregar sete assessores, quando só poderiam ser dois. Ele afirmou que trata-se de retaliação de Schuck devido sua denúncia contra quatro vereadores que dividam salários de assessores.
Vereador pede fitas ao MP
O presidente da comissão processante da Câmara de São Leopoldo, Laerte Gschwenter (PT), entregará na segunda-feira ao Ministério Público o pedido de cópia das fitas em nove vereadores teriam assumido o recebimento de propina para eleger o presidente da Câmara 2000, Joni Homem (PFL). Também pedirá ao TCE (Tribunal de contas do Estado) a indicação de um representante na comissão.
Cegonheiros
Os cegonheiros gaúchos, acampados em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, desde o início da semana, tiveram um encontro com o Ministério Público Federal, ontem à tarde. Segundo o presidente da categoria, Jeferson Casagrande, o prazo para a GM dar uma resposta quanto à contratação de outras empresas para transportar carros, é até segunda-feira. Casagrande não descartou a hipótese de entrar com uma liminar na Justiça contra a montadora.
Governo economiza e cumpre meta com FMI
O setor público registrou um superávit primário (economia feita para o pagamento da dívida) ao longo do primeiro semestre do ano de R$ 28,9 bilhões (4,71% do PIB, Produto Interno Bruto).
No ano passado, no mesmo período, a economia havia sido de R$ 30,417 bilhões (5,36% do PIB).
Com esse resultado, o setor público conseguiu cumprir com folga a meta acertada com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para o período, que era de um superávit primário de R$ 25 bilhões. Para o ano, a meta do governo é de uma economia de R$ 48,7 bilhões, ou 3,75% do PIB.
O setor público consolidado (que reúne o Tesouro Nacional, a Previdência Social, o Banco Central, Estados, municípios e estatais) economizou, ao longo dos últimos 12 meses – terminados em junho – R$ 42,138 bilhões, ou 3,43% do PIB.
Colunistas
COISAS DA POLÍTICA
Medalha
O presidente da Assembléia, Sérgio Zambiasi, recebeu uma medalha de distinção de Novo Hamburgo. A entrega foi feita pelo prefeito José Airton dos Santos (PDT).
Cidade baixa
O vereador do PT da capital Juarez Pinheiro e o ex-prefeito Raul Pont inauguraram ontem comitê conjunto na rua Lima e Silva. Explicam a escolha da Cidade Baixa pelo perfil eleitoral de esquerda e progressista do bairro.
Comunidade cultural
O Secretário de Estado da Cultura, Luiz Marques, vai reunir dirigentes culturais das 35 prefeituras do PT. Marques quer organizar o apoio da comunidade cultural gaúcha à candidatura de Tarso Genro.
Produção primária
A Câmara Municipal festejou ontem o Dia da Agricultura e o Dia do Colono em Porto Alegre. Da tribuna, o vereador do PPB Beto Moesch ressaltou o potencial da produção primária da capital. “A população desconhece que um terço do território da capital gaúcha constitui-se de zona rural”, afirmou.
Maratona
Desde o início do mês, o deputado estadual do PTB Manoel Maria percorreu mais de 60 cidades, num total de mais de 10 mil quilômetros, em busca de votos entre integrantes da Igreja do Evangelho Quadrangular.
Jovens
Presidido por Marco Antônio Barbosa Leal, o TRE confirmou o número de 176.578 jovens entre 16 e 18 anos aptos para votar no dia 6 de outubro. Os números são baseados na campanha “16 anos: uma idade inesquecível”, realizada pela Assembléia, TRE e Aget.
Editorial
QUEM ASSUSTA MAIS
O governo brasileiro vem tentando minimizar os ataques especulativos que ameaçam o real, embora a cada mudança de temperatura um tranco inesperado provoque temporais sucessivos. E qual é a causa desse descontrole? O período eleitoral somado ao endividamento excessivo. Os credores do Brasil, nacionais e estrangeiros, que movem essa engrenagem que se chama mercado, estão preocupados, pois haverá uma eleição presidencial e o candidato da situação não vai nada bem.
O admistrador da dívida, pensam eles, vai ser trocado. E talvez seja por um "desconhecido". Os especuladores apostam todas as fichas nas pesquisas eleitorais e o empate técnico entre Serra e Garotinho ameaça um segundo turno entre candidatos da oposição.
O reflexo na economia é direto: dólar sobe e Bolsa desce. Essa supervalorização das pesquisas eleitorais acaba desconsiderando alguns fatos positivos, como o superávit primário e o saldo favorável na balança comercial.
A balança comercial do país registrou um superávit de US$ 139 milhões na terceira semana de julho, após desempenho recorde na semana anterior, elevando o saldo acumulado do mês para US$ 903 milhões. Com o resultado da semana, o superávit acumulado no ano aumentou para US$ 3,509 bilhões.
Já o setor público registrou um superávit primário (economia que o governo faz para pagar a dívida) de R$ 28,9 bilhões no primeiro semestre do ano. Isso representa 4,71% do PIB (Produto Interno Bruto). Com esse resultado, o governo conseguiu cumprir o valor acertado com o FMI (Fundo Monetário Internacional). A dívida líquida do setor público consolidado, entretanto, está aumentando. Em junho, subiu para R$ 750,258 bilhões, nada menos que 58 ,6% do PIB do país. Esse saldo extrapola a meta com o FMI.
Os elevados investimentos estrangeiros recebidos nos últimos anos pelo Brasil contribuíram para deixar o país mais vulnerável a crises externas. O aumento da vulnerabilidade é sentido no indicador que os economistas chamam de passivo externo líquido, a dívida externa brasileira. Esse indicador revela a quantidade de dinheiro que os estrangeiros têm aplicada no Brasil (entre empréstimos e investimentos) descontados os recursos que brasileiros mantêm no exterior.
Os efeitos eleitorais deste conglomerado de coisas até agora têm sido dúbios. O governo tenta culpar a oposição pelas turbulências financeiras. Os candidatos oposicionistas, de sua parte, dizem que o responsável pelo endividamento é o atual governo, há oito anos no poder. Ambos têm razão, ou pelo menos parte dela. Ouvindo os candidatos, tem-se a impressão de que vencerá aquele que conseguir
assustar mais o eleitorado em relação ao a 1 .
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07/26/2002
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