Queda de Ciro é confirmada









Queda de Ciro é confirmada
Pesquisa divulgada pela CNT/Sensus não mostra crescimento expressivo de Serra

A nova rodada de pesquisas encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) ao Instituto Sensus confirma a queda do presidenciável do PPS, Ciro Gomes.

Ao contrário do que mostra as pesquisas do Ibope e do Vox Populi divulgadas terça-feira, a nova pesquisa do Sensus não mostra crescimento da intenção de voto em José Serra (PSDB).
O Sensus mostra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderando a disputa presidencial com 34% de intenção de voto. Ciro aparece em segundo com 25,5%, à frente de Serra, que tem 14,7%, e de Anthony Garotinho (PSB), com 10,4%.

Lula perdeu 0,7 ponto percentual em relação à pesquisa anterior, passando de 33,4% para os atuais 34%. Ciro, que caiu 3,1 pontos, saiu de 28,6% para 25,5%. Serra subiu 1,3 ponto – de 13,4% para os atuais 14,7%. Garotinho tinha 12,1% e está com 10,4% -oscilação negativa de 1,7 ponto percentual.

Para o segundo turno, a pesquisa voltou a apresentar empate técnico entre Ciro e Lula. Ciro caiu de 48,6% para 44,7%, e Lula subiu de 42% para 43,3%.

O Sensus mostra ainda que o número de indecisos agora é de 14,4% do eleitorado, contra 12,1% do levantamento anterior.

Show do Milhão presidencial
Vem aí um Show do Milhão com os presidenciáveis, comandado pelo apresentador Silvio Santos. O Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) exibe na noite do próximo dia 15 sua versão de debate com os principais candidatos à Presidência da República. Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Anthony Garotinho (PSB) e Ciro Gomes (PPS) confirmaram presença na semana passada. José Serra (PSDB) confirmou sua participação na madrugada de terça-feira, ao vivo, durante o Jornal do SBT, em que o candidato tucano comentou as principais notícias da edição do telejornal.

A grande novidade do encontro é que o dono do SBT, Silvio Santos, que teve sua candidatura à Presidência articulada por setores do PFL no primeiro semestre deste ano, será o apresentador do debate, confirmou ontem a emissora.

Uma reunião com os assessores dos quatro presidenciáveis irá definir as regras do encontro. O SBT defende que perguntas sejam feitas por eleitores, por telefone, ao contrário dos debates realizados anteriormente, com perguntas do mediador, de jornalistas e dos candidatos entre si. O debate deverá ser transmitido diretamente dos estúdios do SBT na Via Anhanguera, em São Paulo. O horário ainda será definido.

O SBT é a última rede nacional a confirmar evento de grande porte com os presidenciáveis. A emissora articulava um encontro do tipo desde maio e chegou, temporariamente, a desistir da idéia.

A TV Bandeirante já promoveu o primeiro debate com presidenciáveis no dia 4. O próximo será segunda-feira, na Record. Em setembro, a Rede TV! promove uma série de sabatinas individuais, semanais, às sextas. A Globo fecha o calendário do primeiro turno com debate no dia 3 de outubro. No segundo turno, a emissora quer um debate com os dois candidatos em uma arena, como nas eleições presidenciais nos EUA.

Serra diz que só reproduz falas de Ciro
O candidato José Serra, que comemorou ontem seu crescimento nas pesquisas de intenção de voto, afirmou que não faz ataques ao adversário Ciro Gomes em seus programas eleitorais. O tucano disse que "apenas reproduz as coisas que o candidato diz".

Nos primeiros programas de Serra foram exibidas frases de Ciro, nas quais chama um ouvinte de uma rádio da Bahia de "burro" e outros eleitores de "petistas furibundos". O TSE proibiu a veiculação da frase, acatando recurso de Ciro.

Em alguns programas, as críticas a Ciro foram feitas sem a participação do tucano, como se fosse uma apresentação independente da propaganda do candidato.


Petista gaúcho vende passagens ao governo
Pelo menos duas fundações e uma secretaria do Rio Grande do Sul terão suas operações de compra de passagens aéreas investigadas por uma subcomissão criada pela Assembléia Legislativa para esclarecer licitações vencidas pela Pangea Viagens e Turismo. A agência turística tem como principal sócio Diógenes de Oliveira, acusado pela CPI da Segurança Pública, no ano passado, de ter aceitado doações do jogo do bicho para aquisição de um prédio para o Clube de Seguros da Cidadania. O edifício foi usado como sede do PT gaúcho, em regime de comodato, até maio.

Na época da CPI, Diógens era um dos principais assessores do governador petista Olívio Dutra e usou de sua influência para impedir que a polícia gaúcha reprimisse o jogo do bicho.

Os deputados da oposição querem saber o que há de verdade numa denúncia feita por Maria Ângela Fachini, ex-sócia de Diógenes de Oliveira, em junho deste ano. Ela relatou ao Ministério Público que, em dezembro do ano passado, a Pangea venceu uma concorrência, que teria tido cartas marcadas, para fornecer passagens aéreas à Secretaria da Saúde. As fundações Metroplan, de planejamento metropolitano, e TVE, emissora de televisão, também terão as operações de compra de serviços da Pangea apuradas.

Já a Companhia de Processamento de Dados (Procergs), que chegou a ser citada como cliente da Pangea, nunca teve relações comerciais com a agência de viagens e não será objeto das investigações.

Outras empresas públicas podem vir a ser investigadas se forem nomeadas no relatório que o Tribunal de Contas do Estado vai entregar aos deputados nesta semana.

O documento, com informações de licitações vencidas pela Pangea, será a base para o início dos trabalhos, marcado para terça-feira. A conclusão está prevista para novembro, conforme previsão do deputado Jair Foscarini (PMDB), presidente da Comissão de Constituição e Justiça, à qual a subcomissão está vinculada. O PT decidirá até o final desta semana se ocupará sua vaga na subcomissão, que terá sete cadeiras. "Podemos esvaziar essa iniciativa eleitoreira", anuncia o deputado Ivar Pavan.


Distritais apelam para as diferenças
Na apertada corrida por uma vaga na Câmara Legislativa do DF os candidatos distritais tentam de tudo para conseguir o voto do eleitor. Em meio a tantos rostos e nomes eles sabem que a criatividade pode ser um voto a mais. E criatividade começa no nome: Menezes Pensador, por exemplo, filosofa que "no Planeta Terra somos passageiros do Universo". Flávio Rap convoca o eleitor para defender a cultura hip-hop no DF. Taciano diz "não aos pilantras". Edimar faz um manifesto contra os pardais. Barud se define como um candidato limpo, que não espalha faixas e cartazes para sujar a cidade. Betinho convoca: "vote com força". Osvaldo Gomes propõe: "juntos vamos à vitória". Índio Segurança sai em defesa de sua classe. Cabo Gilson garante que é fiel. Andrade Júnior quer criar um núcleo de telenovela e cinema na cidade. Délio Cardoso pede um trânsito mais humano. Para Malu Guerreira é "tudo por Brasília". E para o Negão do Paranoá "é paz e educação com Negão no coração".

Slogans e frases de efeito à parte, os candidatos ao governo do DF, tentam, agora na segunda semana de programação gratuita, mostrar à população suas metas de trabalho.

O candidato do PSB, Rodrigo Rollemberg, promete um combate sem trégua à grilagem e a regularização total dos condomínios residenciais. Magela investe na segurança e mostra que seu governo reeditará o programa Brasília sem Medo e criará a Polícia Comunitária e o Posto Policial Móvel. Roriz reconhece que o desemprego é um problema sério, mas lembra que nos três anos e oito meses de seu governo foram criados 179 mil empregos. Mas os novos empregos, segundo ele, virão com o Pólo JK, com as Áreas de Desenvolvimento Econômico-ADEs, o Pró-DF, o Pólo de Moda do Guará e a Cidade do Automóvel. Ontem à noite a Colig ação Brasília com Respeito, do candidato Benedito Domingos, não apresentou seu programa de governo.


Nada de celular no carro
Contran proíbe os motoristas de usarem fone de ouvido e até mesmo os sistemas que empregam viva-voz

Celular no carro? De jeito nenhum. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), do Ministério da Justiça, proibiu o uso pelos motoristas de fones de ouvidos acoplados ao aparelho celular. Uma portaria do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) permitia o uso de um dos fones enquanto se dirigia.

O Contran revogou, ontem, esta portaria, de 24 de abril de 2002. A decisão, que deve ser publicada no Diário Oficial da União de hoje, atende ao tema da campanha da Semana Nacional de Trânsito – Cidadania, Transitar é Conviver. Celular, Não Fale no Trânsito – entre 18 e 25 de setembro.

O Código de Trânsito Brasileiro já prevê a proibição do uso do celular pelos motoristas. Isso, porém, não está expresso de forma clara, pois não se fala em celular. O Código diz apenas que quem dirigir com uma só mão incorre em infração média, cuja multa é de R$ 85.

O Código permite que o motorista use um dos fones de ouvido. O Contran entendeu, ontem, que não se pode permitir o uso do acessório de forma alguma. A proibição não deve resultar em punição imediata, porque a idéia é conscientizar primeiro os motoristas.

Flagrante é difícil, dizem agentes
As estatísticas oficiais não mostram os perigos do uso do aparelho de celular enquanto o motorista está dirigindo. Os agentes de trânsito garantem que é difícil alguém admitir que sofreu um acidente porque estava falando ao celular. Dizem também que é complicado multar os motoristas que cometem a infração.
Mas quem percorre diariamente o trânsito percebe com facilidade as infrações e a distração de motoristas que usam o aparelho enquanto dirigem. "Calculo que 70% das batidas leves em traseira de outros carros são provocadas pelo uso do celular", diz o instrutor de auto-escola Alexandre Sarmento.

O motorista de táxi Garibaldo Nicácio, 66 anos, concorda que o uso do aparelho celular no trânsito atrapalha a concentração de quem está dirigindo. "Por isto, quando recebo uma ligação paro para atender. Se não der, digo que retorno depois", assegura.

Assim como ele, o também motorista de táxi Felipe Gaião dos Santos, 22 anos, garante que não usa o aparelho enquanto está dirigindo. "Não só tira a atenção como atrapalha alguns movimentos, como passar a marcha", justifica. Mas ele já teve fone de ouvido para atender as chamadas do celular e acha que o uso do acessório não atrapalha em nada.

"É como se uma pessoa estivesse conversando do seu lado. Se for para proibir o uso de fones deveria então proibir a conversa dentro do carro", observa. O instrutor de auto-escola Alexandre Sarmento diz que a conversa e até o som no carro tira a concentração do motorista.

Até a nova resolução do Contran, baixada ontem, o motorista podia usar apenas um fone de ouvido sem levar multa de R$ 85. Agora, fica proibido o uso do celular e dos fones.

Como ficam as regras do jogo
  • O Conselho Nacional de Trânsito, do Ministério da Justiça, baixou uma resolução, ontem, proibindo o uso de fones de ouvido por parte dos motoristas que estão em trânsito

  • Com isto, o Contran está revogando uma portaria do Departamento Nacional de Trânsito que permitia o uso de apenas um dos fones

  • O próprio Código Brasileiro de Trânsito permite o uso de um dos fones. O Contran não informou como a lei vai ser alterada

  • A idéia, porém, não é punir logo de imediato os motoristas que desobecerem a nova determinação

  • Entre os dias 18 e 25 de setembro ocorre a Semana Nacional de Trânsito, cujo pano de fundo é a conscientização dos motoristas quanto ao não uso de aparelho celular

  • O Código de Trânsito não permite dirigir com uma das mãos. Com isto, fica estabelecida a proibição do uso do aparelho celular no trânsito

  • Pelo Código, quem for flagrado dirigindo falando ao celular ou usando os dois fones de ouvido está cometendo uma infração média, cuja multa é de R$ 85

  • Um problema técnico: até os agentes de trânsito admitem ser difícil flagrar e punir motoristas que falam ao celular quando dirigem


    Panfleto identifica os homens-bomba
    Polícia israelense faz campanha nas ruas, mostrando como se vestem os terroristas palestinos

    Em qualquer outro lugar, roupas que não caem bem, muito suor e coceira podem ser sinais de uma onda de calor no meio do verão. Mas, em Israel, podem identificar um homem-bomba palestino pronto para atacar. É o que diz um panfleto impresso pela polícia israelense, que será distribuído a milhares de cidadãos assustados com bombas e outros ataques palestinos em um levante pela independência que já dura 23 meses.

    "O guia é o resultado de meses de discussão dentro das forças de segurança. Nós pesamos o direito do público à informação e nossa preocupação de que os terroristas possam adotar meios ainda mais elaborados para escapar da polícia", afirmou o superintendente Avi Zelba, porta-voz das forças auxiliares da polícia civil israelense.

    Vários militantes palestinos já causaram destruição se passando por israelenses às vezes, até mesmo como soldados ou judeus ultra-ortodoxos- para entrar em hotéis, restaurantes e ônibus escondendo bombas sob a roupa ou em bolsas.

    Zelba disse que os autores do panfleto, chamado "Apenas Unidos Acabaremos com o Terrorismo" e disponível a partir de amanhã, nos postos policiais, não fornece detalhes táticos sobre homens-bomba, priorizando apenas informações gerais que podem ajudar a vigilância em locais públicos.

    Roupas inadequadas ao tempo ou ao ambiente social são motivo para preocupação, assim como pessoas inquietas, que suam muito e evitam se aproximar de policiais nas ruas, esquivando-se no meio da multidão.
    Sobre carros-bomba, outro meio usado pelos militantes palestinos, o guia diz que sinais suspeitos incluem placas fabricadas ou mal colocadas, peso excessivo no porta-malas do veículo ou estacionamento em local proibido ou incomum.


    Paraguai é um dos 5 países mais corruptos
    ONG divulga ranking da corrupção mundial: Brasil baixa uma posição e fica em 45º lugar

    O Paraguai figura entre os cinco países mais corruptos do mundo, enquanto que o Chile se localiza entre os 17 Estados desenvolvidos mais transparentes, mostra uma pesquisa internacional sobre a percepção da corrupção publicada ontem, em Berlim. Conforme os dados da organização independente Transparency International, o Brasil ficou em 45º lugar, com nota 4.0.

    O relatório aponta também que a corrupção aumentou no ano passado na Argentina, a 70ª do ranking com 102 colocações.

    O país mais transparente é a Finlândia, seguido pela Dinamarca e Nova Zelânda, enquanto Bangladesh e Nigéria ocupam os dois últimos postos. A nota mais baixa em um país da União Européia foi a da Grécia (44º lugar, 4.2).

    A pesquisa assinala que sete em cada dez países obtiveram uma pontuação menor que 5 (de 10) no índice, que reflete os níveis percebidos de corrupção entre políticos e funcionários públicos.

    A percepção da corrupção no Brasil se mantém estável, aponta o relatório. No ano passado, ocupava a 46ª posição e, em 2000, a 49ª.

    Este ano, a ONG analisou 102 países, 11 a mais do que no ano passado.

    A Transparência Internacional critica a atuação dos candidatos à Presidência, e destaca que "em aparente desprezo", os candidatos "têm ignorado inteiramente o assunto da corrupção e não apresentam propostas concretas para combatê-la".

    A nota recebida pelo Brasil é igual a da Bulgária, Jamaica, Peru e Polônia.

    Pelo terceiro ano consecutivo, a Finlândia (9,7) foi considerada o país mais honesto, seguida da Dinamarca (9,5) e da Nova Zelândia (9,5 também).Bangladesh, novamente foi considerado o país mais corrupto, com nota 1,2.

    No ranking da honestidade da América do Sul, o Brasil está abaixo do Chile – que recebeu 7,5, nota próxima dos EUA (7,7) e da Alemanha e Israel (7,3 cada) – Uruguai (5,1), Trinidad e Tobago (4,9) e Costa Rica (4,5).
    A Argentina piorou sua situação e passou para o 70º lugar. Já o Paraguai ficou em último na escala da América do Sul, com nota 1,7.

    No ranking geral, atrás dele estão apenas Nigéria (1,6) e Bangladesh (1,2).


    Artigos

    De quem é a responsabilidade?
    Sylvio Guedes

    No coração da agitada Taguatinga, os moradores são submetidos à mais brutal poluição visual. Isso para não falar na sonora, com a triste romaria de carros de som anunciando ofertas e, agora, pedindo votos. Em outro ponto da cidade, escorados na cerca do Parque da Cidade, à margem do Trecho 1 do Setor de Indústrias Gráficas, proliferam quiosques que vendem refeições rápidas, disputando o exíguo espaço com os motoristas interessados em estacionar mais perto possível do Tribunal de Justiça, nem que para isso mandem às favas as leis e a civilidade.

    Em comum nas duas cenas, dois comportamentos: o tantas vezes criticado espírito predatório do morador brasiliense em relação à sua própria cidade, aliado ao desinteresse do Poder Público em reprimir essas ações que prejudicam muitos para supostamente beneficiar muito poucos. Por que será tão difícil para os administradores regionais fazer cumprir a lei e coibir o emporcalhamento de nossas cidades? Por que é tão difícil para o Poder Judiciário, quando consultado, dar suporte a essas iniciativas, em vez de vislumbrar direitos os mais discutíveis e decidir protegê-los, como, por exemplo, no caso da invasão Itapoã, que quintuplicou de tamanho sob os auspícios de uma liminar que veda a derrubada de barracos no local?

    Ainda é tempo de as pessoas verdadeiramente interessadas em preservar nossa qualidade de vida cerrarem fileiras e lutarem contra o oportunismo e a apatia, que caminham juntos para destruir o que há de belo e bem cuidado em nossas cidades.

    No caso do centro de Taguatinga, que se moralize o uso de faixas, outdoors, cartazes, placas e outros engenhos publicitários que tomam conta das fachadas comerciais, dos postes, das calçadas, enfim, de todo o ambiente que já é disputado, em desigual concorrência, por pedestres e veículos. Caminhar pela Avenida Comercial é exercício de masoquismo puro. Respire a fumaça dos ônibus, atordoe-se com as buzinas e os carros de som, confunda-se com o cenário de cores e mau gosto proporcionado pela publicidade irregular.

    Em relação aos quiosques do SIG Sul, nada mais absurdo do que a Administração Regional conceder licença para que esses ambulantes não apenas possam ali operar, mas, agora, solidifiquem o abuso com a edificação em alvenaria de monstrengos à margem da estrada, como se Brasília fosse um vila interiorana do século 19. Quanto aos carros que insistem em usar os espaços proibidos para estacionamento, além de multá-los à vontade, o GDF poderia propor uma mínima redução no espaço do Parque da Cidade, para a construção de um estacionamento próximo ao Fórum compatível com o número de pessoas que, diariamente, nele precisam comparecer.


    Colunistas

    CLÁUDIO HUMBERTO

    Vice de Ciro briga com TST
    O vice de Ciro Gomes não morre de amores pela Justiça do Trabalho. E é correspondido: mais de cinco mil juízes de todo o País estão recebendo cópias de artigo de Paulo Pereira da Silva, publicado no dia 5 de novembro de 1996, em que ele acusa o Tribunal Superior do Trabalho de “emperrar a livre negociação” e de atuar “como testa-de-ferro dos empresários e do governo”. Paulinho é considerado “inimigo nº 1” da Justiça do Trabalho.

    Morro abaixo
    É dura a vida de candidato em baixa. Dois empresários desmarcaram ontem reuniões com Lúcio Gomes, irmão e tesoureiro de Ciro, agendadas nos tempos de 32% nas pesquisas. O primeiro, gigante do setor de varejo, disse que “viajou para o exterior” (mas continua em São Paulo); o outro, do setor elétrico, alegou “doença” (mas ontem trabalhou normalmente).

    De menor
    Se as pesquisas continuarem no mesmo rumo. Rosinha Matheus será mesmo eleita governadora do Rio já no primeiro turno. E, em janeiro de 2003, terá sua primeira missão: adotar mais um Garotinho carente.

    Laranja e branco
    Candidato ao governo de São Paulo para impedir que o espaço da Frente Trabalhista na TV fosse usado por Paulo Maluf, Antônio Cabrera está sendo novamente chamado de traidor pelos aliados. Acusam-no de acertar “apoio branco” a Geraldo Alckmin e depois virar “laranja” de Maluf para atacar as áreas controladas pelos próprios aliados do PTB no governo paulista.

    Direito desumano
    Em carta ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o embaixador cubano Jorge Lescano Pérez acusa o compatriota Juan Linares de “ameaça à segurança nacional”, justificando a proibição para ver o filho de três anos em Cuba. E insinua que Brasil e Itália roubam cérebros. Ele ignora que a Declaração Universal dos Direitos Humanos se aplica ao físico, estudante na Unicamp.

    Inchaço
    Inflado com anda, Lula só pode ter sido picado por marimbondos de fogo.

    O beijo do vampiro
    No comitê de Ciro Gomes, apesar do clima de velório, ainda há espaço para o bom humor: diz-se por lá que o crescimento de José Serra nas pesquisas tem a ver com a “vampiromania” inventada pela TV Globo para tentar recuperar a audiência, após dois fracassos seguidos no horário das 19h.

    Cobrança na marra
    Empresas de outdoors se reuniram em São Paulo para acertar uma ação comum de cobrança contra o comitê de José Serra. Segundo contaram na Central de Outdoor, todos pagam as placas que alugam, inclusive Anthony Garotinho (que vive reclamando da pindaíba), exceto o PSDB nacional.

    Estratégia
    ACM quer um Ciro agressivo na televisão. Já recomendou a ele aulas de boas maneiras com o companheiro Roberto Jefferson.

    Benditos ladrões
    O dono da empresa israelense Ituran, que localiza veículos roubados, agradeceu aos ladrões brasileiros no jornal Haaretz. Izi Scharatsky “nunca faturou tanto” aqui, após manter apenas uma filial na Flórida. O serviço custa R$ 40 mensais, destina-se aos ricos, e ele nunca imaginou que venderia 10 mil alarmes e outras engenhocas, graças à criminalidade.

    Passeio
    Após breve período de férias em São Paulo, quando circulou com o amigo e economista Luiz Gonzaga Belluzzo, a ex-ministra Zélia Cardoso de Melo retornou ontem a Nova York, onde vive.

    Outra freguesia
    O diretor de redação de O Estado de Minas, Josemar Gimenez, não sabia que o endereço eletrônico www.aecio45.com.br pertence ao portal Uai, dos Diários Associados em Minas Gerais, como esta coluna revelou ontem. Nem ele nem o próprio candidato Aécio Neves, segundo sua assessoria. Ontem, Gimenez ordenou o redirecionamento do site para o devido lugar.

    Mão-boba
    O candidato Paulo Almeida, da coligação Todos pelo Rio, prometeu na TV “meter a mão na maçaneta do presidente”. O que dona Ruth acha disso?

    Alca em questão
    Os deputados Heráclito Fortes (PFL-PI) e José Carlos Fonseca (PFL-ES), da comissão que examina a adesão do Brasil à Área de Livre-Comércio das Américas, almoçaram ontem no restaurante Via Vecchia, de Brasília, com o deputado democrata americano William Jefferson e numerosa comitiva, a pedido da Embaixada dos EUA. À exceção de Fonseca, diplomata de carreira, todos se socorreram dos fones de ouvido da tradução simultânea.

    Para onde vamos?
    Economistas da Fundação Getúlio Vargas debatem hoje às 18h30, no Business Institute, em Campinas (SP), os desafios do próximo governo, como a estagnação econômica, que exigiria 63 anos para dobrar a renda, e a avaliação de que candidato poderá efetivamente executar o ajuste fiscal.


    Poder sem pudor

    Carona perigosa
    O bravo pernambucano Alexandrino Rocha foi perseguido e preso, na ditadura militar. Preso e solto, porque não havia acusação senão a de ser um jornalista honrado e independente. Libertado, certa vez, primeiro ele tranqüilizou a família por telefone, e em seguida encontrou o amigo Perseu Campos, outro digno pernambucano, que gentilmente lhe ofereceu carona. Ele recusou, Perseu insistiu. Alexandrino não sabia, mas era seguido. Ambos foram presos. Na cadeia, bem-humorado, Alexandrino espichou-se na grade da cela para consolar o perplexo amigo, acusado de “cúmplice”:
    - Que caroninha f.d.p, hein, Perseu?


    Editorial

    DESCONFIANÇA EXAGERADA

    Uma simples olhada nos números da economia brasileira deixam clara a inconsistência das recomendações de alguns bancos contra os títulos da dívida brasileira. As projeções do Ministério do Desenvolvimento apontam para um saldo positivo de US$ 7 bilhões na balança comercial para este ano. Com isso, o déficit nas transações correntes (que mede o dinheiro que entra e sai do País) tende a ser cada vez mais baixo.

    Em 2001, o Brasil precisou de US$ 23 bilhões para fechar o caixa; este ano a necessidade cairá para U$ 17 bilhões. Trocando em miúdos, a dívida do governo está cada vez mais fácil de ser negociada e rolada, mas o dinheiro não vem.

    Mesmo com o Brasil melhorando sua capacidade de solvência, os estrangeiros teimam em não emprestar dinheiro para o País. Até mesmo as linhas de crédito para exportadores (que tem receita garantida em dólar) estão secas – fato que não ocorreu nem no auge das crises asiática e russa.
    O Brasil, portanto, tem feito seu dever de casa. Poderia ter baixado os juros em momentos mais propícios, mas não há o que justifique tamanho temor dos investidores estrangeiros. O trabalho das autoridades monetárias deve ser esclarecer aos investidores que o País vai pagar o que deve, mas precisa que o fluxo de dinheiro volte à normalidade.


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    08/29/2002


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