Racismo é tema de oficina em Alagoas
Servidores de secretarias municipais e da sociedade de Arapiraca (AL) estão participam da Oficina sobre Identificação e Abordagem do Racismo Institucional, promovida pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), com o apoio da Prefeitura de Arapiraca, por meio da Secretaria de Assistência Social e coordenação municipal do Programa Juventude Viva. As atividades têm com objetivo identificar e abordar o racismo institucional e construir estratégias de enfrentamento ao preconceito e de promoção da igualdade racial.
A abertura da oficina contou com a presença do secretário de Assistência Social, Daniel Rocha, e da secretária de governo, Cícera Pinheiro, entre outros gestores e representantes de secretarias e órgãos da administração municipal.
De acordo com a consultora da Seppir, Maria Lúcia da Silva, a oficina busca oferecer para os servidores e gestores públicos uma série de instrumentos que possibilitem a identificação do preconceito manifestado nas instituições.
Ela disse que a atividade inclui a adoção de metodologias variadas, com trabalhos em grupo e individuais, provocando reflexões sobre a pessoa negra no imaginário social e suas representações.
O secretário de Assistência Social, Daniel Rocha, disse que Brasil e Alagoas têm uma dívida histórica e social com os negros. “Precisamos continuar ampliando as políticas públicas que promovam a inclusão social das pessoas negras”, frisou o secretário, citando o líder sul-africano Nelson Mandela como exemplo da luta pela liberdade e igualdade racial.
O estado de Alagoas foi o primeiro a receber ações do Plano Juventude Viva. Em seu lançamento local, governos estadual e municipais se comprometeram com a agenda para enfrentar a violência contra a juventude, em especial os jovens negros, principais vítimas de homicídio no Brasil.
Em 2010, morreram 2.086 vítimas de homicídio em Alagoas, uma média de 67 vítimas a cada 100 mil pessoas. Desse total, 81% das vítimas eram negras. No mesmo ano, 1.294 jovens entre 15 e 29 anos foram vítimas de homicídio, 62% do total. 80% desses jovens assassinados eram negros.
Plano Juventude Viva
Sob a coordenação da Seppir e da Secretaria-Geral da Presidência da República, por meio da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), o Juventude Viva é fruto de uma intensa articulação interministerial para enfrentar a violência contra os jovens brasileiros.
O Plano reúne ações que visam reduzir a vulnerabilidade dos jovens a situações de violência física e simbólica, a partir da criação de oportunidades de inclusão social e autonomia; da oferta de equipamentos, serviços públicos e espaços de convivência em territórios que concentram altos índices de homicídio, e do aprimoramento da atuação do Estado por meio do enfrentamento ao racismo institucional e da sensibilização de agentes públicos para o problema.
O Plano Juventude Viva é uma oportunidade histórica para levantar o debate do tema na sociedade a partir dos valores da igualdade e da não-discriminação, enfrentando o racismo e o preconceito por meio do esforço do governo e da sociedade.
A oficina no Sebrae de Arapiraca prossegue no período da tarde, e amanhã as atividades serão realizadas no município de União dos Palmares.
Fonte:
Secretaria Nacional da Juventude
13/12/2013 16:54
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