Raimundo Colombo anuncia licença para acompanhar eleições municipais
O senador Raimundo Colombo (DEM-SC) anunciou, nesta quarta-feira (25), que encaminhará pedido de licença para se afastar das funções de parlamentar, por 121 dias, para acompanhar as eleições municipais em seu estado. Em seu lugar, assumirá como suplente o ex-governador e ex-senador Casildo Maldaner.
- Eu quero ir para a base. Sou presidente estadual do meu partido e quero acompanhar muito de perto as eleições municipais. Acredito que a verdadeira ação política se faz na eleição municipal - explicou.
Raimundo Colombo defendeu mudanças no modelo do Estado brasileiro, argumentando que não basta apenas mudar o governo de quatro em quatro anos. Na sua opinião, os partidos deveriam ser uma base intelectual da sociedade, sobretudo nos municípios, onde o debate deveria girar em torno do que importa às pessoas.
Como exemplos dessas necessidades, o senador citou a eficiência dos serviços de saúde e maior facilidade de acesso dos mais carentes aos avanços tecnológicos e ao ensino público de nível superior, que continuam mais acessíveis aos mais ricos.
- Acho que a política brasileira está terminando um ciclo. Nós tivemos diferenças ideológicas, grupos que se estabeleceram fortemente num processo de mudança, fazendo parte da oposição e que têm seus méritos e o nosso reconhecimento. Há aqueles que se aprofundaram nas ações de governo e que tiveram o seu trabalho. Agora, houve a mudança. Quem era governo é oposição, quem era oposição é governo. Não adianta apenas mudar as pessoas, nem tampouco mudar apenas a estrutura de governo. Tem que haver uma mudança do modelo do Estado, porque é ingovernável, é muito caro e está de costas para as pessoas mais pobres - avaliou.
Seleção
O senador também registrou a homenagem prestada pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aos jogadores da seleção brasileira de futebol que venceram a Copa do Mundo de 1958. Raimundo Colombo considerou uma alegria muito grande rever os atletas que conquistaram a taça Jules Rimet pela primeira vez. E ressaltou que a Copa de 58 foi um divisor de águas para o futebol brasileiro, tendo influenciado toda uma geração.
- Futebol é uma atividade solidária, onde a gente aprende as regras, a cumprir a determinação da convivência com outros, a ganhar e a vibrar com a grande vitória e, às vezes, a não conseguir a vitória e reconhecer que o outro foi melhor e que mereceu o resultado. Hoje, alguns se negam até a servir à seleção brasileira, que esses que estavam ali, de forma humilde e simples, serviram, honraram e fizeram com que ela fosse hoje uma bandeira nacional - concluiu.
25/06/2008
Agência Senado
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