Raimundo Colombo é contra criação de nova CPMF ou de qualquer outro imposto
Tecendo críticas ao que considerou como "excessivos gastos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva", o senador Raimundo Colombo (DEM-SC) disse, em discurso nesta quarta-feira (9), que não aceita a criação de qualquer imposto para aumentar os recursos públicos. Ele criticou, em particular, as notícias de que o governo federal quer aprovar no Congresso a Contribuição Social para a Saúde ( CSS ) em substituição à antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira ( CPMF ).
- A criação da CSS não será necessária se o governo economizar, não der prioridade para gastos com publicidade e com novas contratações de funcionários públicos, ou ainda com a compra de helicópteros. Eu tenho posição fortemente contrária sobre criação de qualquer novo imposto, sobretudo em relação a esse que seria o relançamento da CPMF - declarou o senador.
O parlamentar listou despesas efetuadas pelo governo federal, consideradas por ele como despropositais, tais como o gasto de R$ 170 milhões com publicidade, a compra por R$ 31 bilhões de helicópteros e aviões franceses e ainda a contratação, nos últimos seis anos, de mais de 220 mil funcionários públicos.
Para ele, aliás, o problema, no Brasil, não está na arrecadação de impostos, que, conforme observou é uma das mais elevadas do mundo, mas sim na má-distribuição e concentração dos valores arrecadados entre a sociedade.
- Ninguém é contra a prioridade da saúde, mas, em paralelo a isso, o que nós estamos discutindo é se vamos comprar submarino nuclear, aviões, helicópteros na soma de 31 bilhões de reais, como se isso fosse uma prioridade absoluta - afirmou o senador, voltando a condenar o desperdício do dinheiro público.
Na visão de Raimundo Colombro, a criação da "nova CPMF" seria uma forma de o governo "premiar a incompetência, o mau uso do dinheiro público e o gasto perdulário". Ele sugeriu que, ao contrário, o governo busque formas de simplificar o modelo de distribuição dos recursos tributários, sob pena de o país não se desenvolver.
- É necessário distribuir melhor os recursos, levá-los às prefeituras, que de fato estão perto das pessoas e têm a capacidade da solução, de melhorar a vida das pessoas. Aadministração pública federal perdeu seu sentido social, é muita burocracia, muito papel, diferente do município que lida diretamente com a população. De tal forma que a solução não é aumentar imposto, mas sim fazer mais economia e distribuir melhor o dinheiro arrecadado - enfatizou o senador.
09/09/2009
Agência Senado
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