Randolfe homenageia mulheres e protesta contra discriminação
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) registrou em discurso nesta quarta-feira (9) a passagem do Dia Internacional da Mulher, comemorado no último dia 8. Ele salientou que, mesmo com avanços, como recente a Lei Maria da Penha, há muito a fazer para superar a discriminação contra a mulher.
O parlamentar citou vários dados para demonstrar que a mulher ainda é prejudicada simplesmente por uma questão de gênero. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), disse Randolfe, aponta que as mulheres, mesmo tendo mais anos de estudo e trabalhando mais horas, continuam a receber menos que os homens. O salário médio da mulher precisaria subir 38% no Brasil para se igualar ao dos homens. A massa salarial das mulheres não chega a 40% do total da massa salarial no Brasil, afirmou o senador, considerando lamentável a concentração de renda com base no gênero.
Além disso, Randolfe ressaltou a baixa representação política das mulheres.
- Segundo dados do próprio IBGE, as mulheres são, hoje, 50% da população brasileira. Portanto, em cada uma das Casas do nosso Congresso bicameral, deveríamos ter, proporcionalmente, essa representação - declarou o parlamentar, segundo o qual não adianta assegurar a cota de 30% de participação partidária se as mulheres não têm assento garantido nos conselhos decisivos, como as convenções dos partidos.
Randolfe classificou de chocantes os dados de pesquisa da Fundação Perseu Abramo, divulgada em fevereiro, segundo a qual a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente no país.
O parlamentar citou os nomes de todas as senadoras, para homenageá-las, e em especial às do Amapá e da região amazônica, leu versos de dois poetas amapaenses, que ressaltam a figura da "cabocla".
Luciana Genro
Randolfe também se solidarizou com a ex-deputada federal Luciana Genro, do PSOL, que, segundo a revista Veja, utilizou a influência de seu pai, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, para obter privilégios em um contrato de criação de um curso pré-vestibular.
O senador leu carta divulgada por Luciana Genro, na qual ela nega qualquer privilégio e anuncia a intenção de processar a revista por danos morais, já que não teria sido procurada para dar sua versão dos fatos.
09/03/2011
Agência Senado
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