Rands diz que não é possível ampliar objeto de investigação de uma CPI
O deputado Maurício Rands (PT-PE), relator adjunto da CPI Mista dos Correios, disse nesta sexta-feira (17) que não há amparo regimental para ampliar o objeto de investigação de uma comissão parlamentar de inquérito, como pretende fazer a oposição com a CPI dos Bingos para apurar também denúncias correlatas à atuação dos empresários de casas de jogos.
- Há a interpretação de que o objeto de uma CPI só pode ser determinado no requerimento inicial. Não há precedentes no Congresso de uma comissão cujo objeto tenha sido estendido - afirmou.
Rands fez várias críticas à CPI dos Bingos, dizendo que ela se tornou um palanque da oposição, que a estaria utilizando para atacar o governo sempre que as pesquisas de opinião apontam o aumento das intenções de voto no presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Sobre a CPI dos Correios, Rands assegurou que o relatório da comissão estará pronto na próxima semana. A afirmação foi feita no intervalo de uma reunião na qual ele, o outro relator adjunto, deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ) e o relator-geral, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) começavam a compilar as conclusões das sub-relatorias da CPI.
Maurício Rands disse ainda que, se o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) quiser que seu trabalho entre no relatório final, deve entregá-lo ao relator e aos adjuntos. O deputado havia se negado a entregar o sub-relatório de Fundos de Pensão, alegando que não permitiria que houvesse interferência de entidades investigadas em suas conclusões. Rands disse que Antônio Carlos Magalhães Neto interpretou mal a reunião ocorrida entre ele, Serraglio e representantes dos fundos de pensão e na qual essas instituições apresentaram contra-argumentos às conclusões de deputado pefelista. De acordo com Rands, esses argumentos ainda não foram analisados.17/03/2006
Agência Senado
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