Jungmann defende avaliação de "dossiê" para possível investigação



O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas, disse nesta segunda-feira (18) que a comissão deve avaliar a possibilidade de investigar o escândalo em torno de um dossiê que teria sido negociado entre o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, sócio-proprietário da Planam, e pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores (PT). O dossiê, agora em poder da Polícia Federal, conteria informações e imagens suficientes para ligar o candidato a governador de São Paulo pelo PSDB, José Serra, à máfia das ambulâncias.

- Dentro do seu objeto de investigação, a CPI deve levar em conta tudo o que for dito em juízo e tudo o que tiver comprovação - explicou Jungmann, antes de se dirigir à sede da Polícia Federal, em Brasília, para tomar pé do que foi apurado sobre o caso.

O deputado disse que também procuraria informações sobre o caso com a Justiça Federal e o Ministério Público.

Jungmann disse que, em tese, é favorável à oitiva de envolvidos com o dossiê, mas observou que isto depende da aprovação de requerimentos convocando ex-ministros da saúde, entre eles Serra, e de decisões sobre novas convocações que podem ser tomadas em reunião administrativa da CPI na tarde desta terça-feira (19).

O deputado defendeu ainda a prisão de Luiz Antonio Vedoin e seu pai, Darci, por entender que estão tumultuando os trabalhos da CPI. Quanto ao primeiro, deveria perder o direito à delação premiada concedido pela Justiça Federal.

- Eles estão agindo como pistoleiros de aluguel - afirmou o vice-presidente.

18/09/2006

Agência Senado


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