Raupp define morte de Tancredo como um dos mais insuperáveis traumas do país



Um dos oradores da sessão solene que homenageou o centenário de Tancredo Neves, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) disse que sua morte, num momento crucial de transição política, constitui um dos mais insuperáveis traumas nacionais da história recente do país.

- Primeiro presidente civil após o golpe militar de 1964, desempenhou papel crucial no delicado processo de transição democrática, erguendo pontes e alianças essenciais para a harmonização dos ânimos daquela conturbada época. E isso exigia muita competência política - disse Raupp.

Lembrando que Tancredo cultuava a discrição, o poder de articulação e o respeito às regras democráticas, Raupp afirmou que sua trajetória permanece como modelo exemplar de homem público, inspirando promissores projetos de vida pública na juventude brasileira.

- Acima de qualquer distinção partidária e ideológica, a memória histórica de Tancredo Neves congrega amigos e adversários dentro de um ambiente uníssono de saudade e admiração - acrescentou ele.

Em seu discurso, Valdir Raupp lembrou a infecção que vitimou Tancredo às vésperas da posse na Presidência da República, em 1985, e que o levou à morte 31 dias depois. E acrescentou:

- Transcorridos 25 anos e cinco presidentes, a memória dos 50 anos da carreira política de Tancredo Neves parece cada vez mais reduzida ao período de transição democrática, quando participou da campanha "Diretas Já" e, em seguida, foi ao Colégio Eleitoral. No entanto, como bem ressaltam alguns especialistas, o legado de Tancredo deve estar, acima de tudo, associado à imagem de um intransigente defensor da ordem e dos princípios democráticos.



03/03/2010

Agência Senado


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