Raupp diz que sustentabilidade é único caminho para crescimento



O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta terça-feira (5), foi lembrado em Plenário pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO). O senador afirmou que apenas com desenvolvimento sustentável o Brasil conseguirá crescer e, para isso, uma vez que não existiriam “soluções definitivas”, é preciso adotar soluções de compromisso com o meio ambiente, “negociadas e sustentáveis”.

Raupp ressaltou que o Brasil é um “país múltiplo”, com ampla variedade de situações ambientais, como secas e enchentes simultâneas em regiões distintas. Além disso, o setor agropecuário tem forte presença na economia nacional, o que exige o manejo de recursos hídricos e a disponibilidade de áreas aproveitáveis para as atividades. Aliado a isso, o país ainda conta com demandas da indústria que afetam o meio ambiente, como a necessidade de energia para garantir a produção.

- Não existe solução fácil para questões ambientais. A palavra-chave, nesse caso, é sutentabilidade. A agropecuária sempre terá um nível de impacto sobre a natureza enquanto as populações estiverem em constante crescimento. Daí, ao invés de se proibir a atividade, devem ser encontradas soluções para que ela se desenvolva com o menor impacto negativo possível e para que mesmo esse pequeno impacto seja compensado posteriormente. Isso tem a ver com desenvolvimento de novas tecnologias, combate ao desperdício, manejos inteligentes de recursos escassos e consciência de longo prazo – disse.

O senador destacou ainda que nenhuma atividade, por comodidade ou lucro, serve como justificativa para contaminação de recursos hídricos, exaustão de recursos escassos ou destruição de biomas. O importante é buscar o equilíbrio entre as necessidades humanas e os recursos disponíveis.

Nesse caminho, avaliou, o Legislativo desempenha um papel fundamental. Os parlamentares não podem ser “parte do problema”. Ao contrário, cabe a eles a responsabilidade no exame das políticas públicas e suas relações com a questão ambiental. Novos projetos de hidroelétricas, por exemplo, devem adotar modelos de baixo impacto no meio ambiente.

Raupp afirmou que isto ocorre hoje em Rondônia. Duas grandes usinas que vão gerar 3,3 mil megawatts de energia cada uma poderiam gerar 6 mil ou 7 mil mega, mas tiveram a capacidade diminuída para reduzir o impacto ambiental. Uma outra usina no rio Machado, que poderia gerar de 600 a 700 megawatts deve gerar apenas 350 pelo mesmo motivo.

- Assim têm que ser os projetos em todas as áreas, diminuindo o impacto ambiental para que o nosso planeta possa suportar esse crescimento humano – afirmou.



05/06/2012

Agência Senado


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