Raupp não vê necessidade de CPI para investigar cartões corporativos



O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), questionou a necessidade de investigação, por meio de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI), do uso indevido do cartão corporativo, uma vez que a investigação já vem sendo feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU), instância em que poderia avançar ainda mais.

- Uma CPI surge de um embate político entre governo e oposição. Ao contrário do governo passado, neste governo o peso de ambos está mais equilibrado, o que tem favorecido a criação de mais CPIs. Se for instalada a CPI, vamos investigar - disse Raupp, para quem o Congresso tem apurado responsabilidades, a exemplo das CPIs dos Correios, do Mensalão e dos Sanguessugas, lembrando que esta última citou 72 parlamentares em seu relatório final.

Raupp questionou ainda o escopo de investigação da CPI proposta, lembrando que foi divulgado pela imprensa que somente o estado de São Paulo teria gasto em 2007 R$ 106 milhões com o uso de cartão corporativo. De acordo com o senador, estados e até mesmo prefeituras teriam que ser incluídos nas investigações.

O senador informou ainda que na próxima terça-feira a bancada do PMDB deverá se reunir para decidir se o partido fará indicação de candidatos a presidente e relator da CPI ou se apenas indicará nomes para compô-la. Lembrou a posição de centro do partido que, embora componha a coalizão de governo, está entre o PT, de um lado, e PSDB e DEM, de outro.



07/02/2008

Agência Senado


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