REAL TROUXE PROFUNDAS MUDANÇAS AO PAÍS, DIZ ELCIO ALVARES
A dimensão do êxito representado pelo Plano Real dá a medida do potencial do Brasil e da capacidade dos brasileiros, disse hoje (dia 1º) o líder do governo no Senado, Elcio Alvares (PFL-ES), ao afirmar que o Brasilinteiro está comemorando o terceiro aniversário de um programa de estabilização que mudou "drasticamente" a vida econômica e social da nação.
O senador Elcio Alvares observou que, após muitos anos de estagnação e até de retrocesso econômico, a equipe do presidente Fernando Henrique Cardoso assumiu o governo com "a visão estratégica e um projeto coerente, viável e conseqüente para o pleno desenvolvimento nacional".
- Numa radical inversão de rumos, o Plano Real veio trazer grande incremento nos investimentos privados; acentuado crescimento da produção e do consumo; elevação da renda da população assalariada em geral; melhoria das condições de vida dos mais pobres; redução da desigualdade social - frisou.
Na opinião de Elcio Alvares, a administração de um programa como o Plano Real exigiu notável competência, sem a qual o governo não teriaconseguido evitar "o fantasma da débâcle" do sistema financeiro e da crise fiscal. Ele afirmou que a manutenção do plano não tem prejudicado o necessário controle sobre as contas públicas.
- Ao contrário, o déficit está em queda. Enquanto em maio de 1996 o déficit do setor público situava-se em 5,44% do PIB, hoje está em 3,44%, e, no final de 1997, é provável que tenhamos um déficit inferior a 3% do PIB - previu o senador, observando tratar-se de um trabalho que vem sendo feito não só pelo governo federal, mas, principalmente, pelos estados e municípios.
Elcio Alvares assinalou que os efeitos do Real sobre o poder aquisitivo da população assalariada, principalmente a mais pobre, também são notáveis. Ele citou declaraçãodo ex-ministro Maílson da Nóbrega, para quem "o programa de estabilização resultou em aumento médio da renda salarial de 20% acima do índice de inflação do período; reduziu em um quarto a pobreza no país; permitiu o acesso de ampla camada da população ao mercado consumidor; diminuiu a chamada classee expandiu, simultaneamente, a classe média".
- Já o ministro da Indústria, do Comércio e do Turismo, Francisco Dornelles, destacou que, além de ter retirado mais de 13 milhões de brasileiros da pobreza absoluta, o Plano Real éo instrumento mais importante de política social que o Brasil já conheceu - acrescentou.
As opiniões de Maílson e Dornelles, segundo o líder do governo, encontram respaldo em pesquisa de opinião. Alvares disse que levantamentos feitos pelo IBGE mostram que a proporção de pobres caiu de 33,4%, em 1994, para 27,8%, em 1995, e para 25,1%. em 1996.
- Esses resultados são conseqüencias da elevação da renda per capita em 2,8%, no ano de 95, e em 1,5%, em 96, refletindo, ainda, a queda no grau de desigualdade, que passou de 5,73%, em 94, para 5,13%, no ano seguinte, e para 5,07% em 96. Frente a essa realidade, não nos pode causar qualquer surpresa o resultado da mais recente pesquisa, segundo a qual três em cada quatro brasileiros estão satisfeitos ou muito satisfeitos com a condução da política econômica - explicou.
Elcio Alvares disse que alguns opositores do Real têm procurado transformar a questão do desemprego no seu cavalo de batalha contra o programa de estabilização. Para o senador, os argumentos contrários são falaciosos. Ele ressaltou que a problemática do desemprego está longe de ser uma peculiaridade brasileira, e constitui o maior desafio aos condutores da política econômica, tanto nos países industrializados quanto nos países em desenvolvimento.
O lider do governo disse que o Real é um patrimônio da nação que "o povo muito preza" e não admitirá seja colocado em risco. A seu ver, a consolidação do Plano só depende, agora, da aprovação das reformas constitucionais pelo Congresso.
- Urge aprovar as reformas para que a estabilidade econômica seja duradoura, para que o país possa crescer ainda mais e, assim, evitar o desemprego - disse.
Elcio Alvares elogiou a ação do presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, "que tem sido destacado defensor dos trabalhos do Legislativo", e disse que "a convocação extraordinária do Congresso Nacional neste mês de julho sinaliza claramente a prioridade que o Executivo confere a essa questão".
Em aparte, o senador Edison Lobão (PFL-MA) congratulou Elcio Alvares pela oportunidade do pronunciamento, e disse que a economia brasileira nos últimos 40 anos passou por dois períodos distintos. Já o senador Sérgio Machado (CE), líder do PSDB, salientou que, antes do Real, a inflação era o imposto mais perverso, que tirava dos pobres em benefício dos ricos.
01/07/1997
Agência Senado
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