Rede Cegonha chega ao Amapá
Os recursos serão aplicados em ações para ampliar e qualificar a rede de assistência à mulher e ao bebê
O Ministério da Saúde aprovou nesta sexta-feira (31) a primeira etapa da Rede Cegonha no Amapá (AP). A decisão consta na portaria número 1.855 do Diário Oficial da União (DOU). Serão repassados cerca de R$ 27,2 milhões para custear as primeiras ações previstas na estratégia Rede Cegonha.
O valor é destinado ao custeio de três Centros de Parto Normal e quatro Casas da Gestante, Bebê e Puérpera, além da criação de 34 leitos de Gestação de Alto Risco, 13 leitos de UTI Adulto Tipo II, 30 leitos de UTI Neonatal Tipo II, 20 leitos de UCI Neonatal e 26 leitos Canguru.
Também serão qualificados nove leitos de UTI Neonatal Tipo II e 18 leitos de UCI Neonatal. De início, serão repassados R$ 2,6 milhões para os serviços existentes. O restante do valor será pago conforme andamento da Rede Cegonha no estado. “Este montante vai permitir que o estado qualifique e amplie a rede de assistência à mulher e ao bebê”, destaca a coordenadora da área técnica da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Esther Vilela.
“O plano define os primeiros passos para a implantação da Rede Cegonha no estado e tem a participação do governo federal, estados e municípios”, explica a coordenadora. A portaria autoriza a transferência de recursos do Fundo Nacional de Saúde para os fundos de saúde do Estado e municípios da Rede de Assistência, após habilitação de todos os serviços previstos no Plano de Ação.
As ações previstas na estratégia Rede Cegonha visam qualificar, até 2014, toda a rede de assistência, ampliando e melhorando as condições para que as gestantes possam dar à luz e cuidar de seus bebês de forma segura e humanizada. “Temos que construir um ambiente acolhedor para que a mulher se sinta mais segura nesse momento e, para isso, é necessário a qualificação do espaço físico e a mudança das práticas”, enfatiza Esther Vilela.
Rede Cegonha
Lançada em março de 2011 pelo governo federal, a Rede Cegonha é um programa que visa garantir atendimento de qualidade a todas as gestantes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde a confirmação da gestação até os dois primeiros anos de vida do bebê. Ela terá atuação integrada às demais iniciativas do SUS para a saúde da mulher.
A Rede Cegonha prevê ainda a qualificação dos profissionais de saúde responsáveis pelo atendimento às mulheres durante a gravidez, parto e puerpério, bem como a criação de estruturas de assistência, como a Casa da Gestante e a Casa do Bebê, e os Centros de Parto Normal, que funcionarão em conjunto com a maternidade para humanizar o nascimento.
As boas práticas de atenção ao parto e nascimento serão exigidas nas maternidades. Uma delas é o direito a acompanhante de livre escolha da mulher durante todo o trabalho de parto. O ambiente em que a mulher dará à luz deverá ser adequado para oferecer privacidade e conforto para ela e seu acompanhante. Ela terá acesso a métodos de alívio da dor e a possibilidade de ficar em contato pele a pele com seu bebê imediatamente após o nascimento, prática que hoje é demonstrada como benéfica para os dois.
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Fonte:
Ministério da Saúde
Portal Brasil