Redução da mortalidade materna e desigualdades de gênero são desafios do Brasil
A redução dos índices de mortalidade materna e a ascensão das mulheres a cargos no alto escalão do governo e empresas privadas são os maiores desafios para o Brasil cumprir as Metas do Milênio até 2015. A informação está no 4º Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e apresentado nesta terça-feira (1), no Rio de Janeiro.
Segundo o documento, a saúde materna passa por um lento avanço. No início da década eram registradas 140 mortes para cada 10 mil mulheres gestantes ou pós-parto. Atualmente, o número caiu para 75, mas a meta para os próximos cinco anos é reduzir a proporção para 35.
A coordenadora do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade, Rosa Alegria, alertou para a gravidade da questão e responsabilizou as prefeituras pelo não acompanhamento das gestantes e pela falta de diagnóstico.“O mais grave é que quando conseguimos os números, vemos que são alarmantes e que ainda temos muito trabalho para reduzir as mortes de mulheres gestantes ou que recém deram luz”, completou.
“Esse é um problema que ainda não conseguimos resolver e sei que ainda temos um trabalho grande para termos menos mulheres morrendo em função da gravidez ou do parto”, admitiu Wagner Caetano, secretário nacional de Articulação Social da Secretaria Geral da Presidência da República.
Rosa Alegria lembrou ainda que no âmbito das decisões e de cargos de poder, a mulher brasileira está bem atrasada. “Na América Latina, o Brasil está bem atrás de países como a Colômbia e a Argentina”.
“Já em relação a outras metas, como da redução da pobreza, educação para todos, defesa do meio ambiente e redução da mortalidade infantil, o Brasil está caminhando muito bem”, avaliou a ativista.
De acordo com o relatório, o Brasil alcançou a meta de reduzir a pobreza em 2005, quando foram traçados novos números para a erradicação da fome.
Fonte:
Agência Brasil
02/06/2010 16:00
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