REICHSTUL: 471 MIL LITROS DE ÓLEO JÁ FORAM RECOLHIDOS



O presidente da Petrobras, Henri Pilippe Reichstul, informou nesta quarta-feira (dia 2) à Comissão de Infra-estrutura do Senado que a empresa já recolheu 471 mil dos 1,3 milhão de litros de óleo derramados recentemente na Baía de Guanabara. Segundo ele, o óleo que ainda permanece na água é mínimo e de difícil sucção. O restante dos resíduos está nas areias e pedras - sendo que uma parte já foi recolhida pela Petrobras -, numa área "restrita" de manguezais, ou evaporou-se.Reichstul também informou que está tomando providências para o pagamento de indenizações aos pescadores e outros trabalhadores que dependem de atividades no mar e na orla marítima, como vendedores de picolé. Até que as águas estejam prontas para a pesca, os trabalhadores receberão o equivalente à sua renda média mensal.O presidente da Petrobras compareceu à comissão, presidida pela senadora Emília Fernandes (PDT-RS), para debater as causas e desdobramentos do desastre com os parlamentares, com o representante do Greenpeace, Roberto Kishinami, o deputado Fernando Gabeira (representando o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, Carlos Minc), e o presidente da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente do Rio de Janeiro (Feema), Axel Grael.Reichstul fez um relato das providências adotadas pela empresa desde o acidente com um duto da Refinaria Duque de Caxias. Entre elas, a criação de três grupos de trabalho: um com a incumbência de efetuar ações de emergência, outro encarregado de pagar indenizações, e um terceiro com o encargo de vistoriar todos os equipamentos da empresa, de modo a evitar um novo desastre.- Em muitas áreas já trabalhamos dentro de um nível de excelência ambiental e essa será uma meta daqui para a frente - disse Reichstul.Ele reconheceu os erros da empresa no desastre - os sistemas de detecção de acidentes na refinaria e no duto são precários, o que somou-se a falha de um funcionário que errou nos cálculos sobre a vazão de óleo, atrasando as providências que teriam diminuído o impacto do acidente.A Petrobras investigará também as condições em que foram feitos o projeto e a instalação do duto que se rompeu. Em princípio, o equipamento não resistiu ao sucessivo aquecimento e resfriamento do óleo que nele circula e ao movimento do terreno em que foi fixado.

02/02/2000

Agência Senado


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