Renan apóia decisão do TSE sobre fidelidade partidária



"Tudo que for feito no sentido do fortalecimento da fidelidade partidária, eu apoio". A afirmação é do presidente do Senado, Renan Calheiros, ao comentar, na manhã desta quarta-feira (28), a decisão em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu que o mandato do candidato eleito em eleição proporcional (de deputado federal, estadual ou vereador) pertence ao partido, e não ao parlamentar. A decisão foi tomada durante julgamento de uma consulta do PFL, que desde esta quarta-feira passou a se chamar Partido Democrata.

Renan definiu também a interpretação do TSE como um avanço.Embora ressalvando que ainda não conhece o inteiro teor da decisão, ele explicou que, ao agir assim, o tribunal interpretou a legislação eleitoral conforme a reforma política aprovada no Senado. Em sua opinião, qualquer iniciativa para fortalecer os partidos deve ser estimulada.

- A decisão do TSE é a interpretação da lei vigente. É papel do TSE fazer isso. Tudo o que for feito no sentido de fortalecer aspectos fundamentais da reforma política tem que ser estimulado. O TSE, ao responder a consulta do partido com relação à fidelidade partidária, interpretou a lei de acordo com o que é fundamental para garantir a sustentabilidade política, para construir as maiorias partidárias - enfatizou o presidente do Senado.

Renan explicou que, na reforma política votada no Senado, foi estabelecido um prazo de quatro anos para que os partidos se adaptem à mudança e evitem a migração hoje tão freqüente. Com a interpretação dada agora pelo TSE, ele diz que quem ganha é o sistema político porque, pelo menos com relação às eleições proporcionais, ficou agora impedida a migração partidária.

Ao mesmo tempo, Renan observou que, se essa decisão for definitiva, poderá "engessar" muitos políticos que se incompatibilizarem com suas legendas.

- Se houver alguma incompatibilidade entre o parlamentar e o partido, é preciso haver um caminho, um prazo de mudança, uma alternativa para que isso possa ser resolvido. Mas tudo que fortalecer a reforma política, sobretudo com relação à fidelidade partidária, que é fundamental para construção de maiorias para a governabilidade, tem de ser estimulado. Essa interpretação, eu estimulo - reiterou.

28/03/2007

Agência Senado


Artigos Relacionados


Jucá defende fim das eleições proporcionais e apóia decisão do STF sobre fidelidade partidária

Senadores elogiam decisão TSE sobre fidelidade partidária

Valter Pereira elogia TSE por decisão sobre fidelidade partidária

Lúcia Vânia defende decisão do TSE sobre fidelidade partidária

Dornelles considera positiva decisão do STF sobre fidelidade partidária, mas aponta ressalvas

Kátia Abreu se congratula com decisão do TSE favorável à fidelidade partidária