Renan atribui denúncias contra ele a brigas políticas regionais



"Imaginem o futuro deste Congresso se cada derrotado político conseguir transformar o seu ressentimento em um pseudo-escândalo e em representações". A afirmação foi feita pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL) que, da tribuna do Plenário, nesta terça-feira (7), atribuiu as denúncias que vem sofrendo a brigas políticas paroquiais de interesse regional, que estariam sendo alimentadas por "derrotados rancorosos", entre os quais o empresário João Lyra e a ex-senadora Heloísa Helena.

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Considerando estar sendo vítima de um "impiedoso e irresponsável ataque que já se transformou em campanha", Renan Calheiros disse que tudo começou com uma "pseudodenúncia" da revista Veja de que ele teria recorrido a recursos privados para bancar parte de suas despesas pessoais. O senador lembrou que, apesar de as denúncias não terem sido apresentadas com documentos comprobatórios, ele tomou a iniciativa de apresentar provas negativas.

- Devassei minhas declarações de renda, minha vida contábil, minha vida fiscal e minha vida bancária como poucos o fazem ou fizeram, mostrando que não tenho nada a temer, não tenho nada a esconder. Continuo não tendo nada a ocultar. Não tenho, repito o que disse, patrimônio clandestino. Fui eu, não esqueçam, através de ofício encaminhado há 30 dias, quem solicitei ao Ministério Público a investigação de todas as denúncias, sem exceção - declarou Renan Calheiros.

Sobre a denúncia publicada na edição de Veja deste final de semana, de que teria se utilizado de "laranjas" para comprar duas emissoras de rádio e um jornal diário em Alagoas, Renan negou que seja verdadeira e informou que abrirá processo penal e cível contra a revista. Ele criticou aquele veículo de comunicação por ter publicado a acusação sem apresentar provas, baseada em "um relato inverídico e rancoroso de um desafeto", o empresário João Lyra.

Renan disse que nos últimos anos a revista Veja vem publicando em suas páginas várias acusações sem provas. Ele citou como exemplos os casos de que dólares cubanos teriam sido transportados em caixas de uísque para financiar campanhas políticas no Brasil, um suposto envolvimento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria o "sujeito oculto" da suposta organização criminosa que teria executado o "mensalão".

A Editora Abril, que publica a revista Veja foi acusada por Renan Calheiros de tentar protagonizar um negócio fraudulento de cerca de R$ 1 bilhão. Segundo o senador, a Abril, à margem da lei, está negociando com a espanhola Telefônica a venda da operadora de TV por assinatura, a TVA. Segundo Renan, tal transação é uma fraude e fere o interesse nacional já que a legislação em vigor exige que um grupo nacional detenha o controle acionário de TV por assinatura.



07/08/2007

Agência Senado


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