Renan dá sua versão sobre os indícios utilizados pelo relator para pedir sua cassação



O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) está apresentando sua versão a respeito dos sete indícios elencados pelo relator, senador Jefferson Péres (PDT-AM), no parecer que pede a cassação do seu mandato. O primeiro - sobre uma suposta harmonia entre o depoimento de João Lyra e as datas, nomes e valores que o empresário indicou - são, segundo Renan, uma trama criada por João Lyra a partir de papéis que detinha em seu poder.

Sobre o segundo indício - uma carta do ex-proprietário do jornal e da rádio, Nazário Pimentel, oferecendo os dois veículos a Renan - o senador justificou que foi "um dramático apelo de um empresário em dificuldades". A terceira suposição - uma folha de papel timbrado supostamente de Renan, com palavras escritas - na versão do ex-presidente não passa de uma falsificação grosseira feita por João Lyra, que é dono de gráfica.

O quarto indício - de que a versão do empresário Tito Uchoa, acusado de ser laranja de Renan - é inverossímil, de acordo pelo senador e não pode ser aceita, já que o parecer não explica qual contradição nem a desfaz. O quinto indício - de que o acusado não recorreu à Justiça contra João Lyra - não seria correto, de acordo com a versão de Renan.

- Busquei e busco reparações pelas falsas acusações. Ingressei, nesse semestre, com seis ações contra mais de 30 edições do jornal de João Lyra - registrou Renan.

O sexto indício - de que as pessoas apontadas por João Lyra como supostos "laranjas" estavam ou estão lotadas em cargos de confiança no gabinete de Renan - também foi desqualificado pelo ex-presidente do Senado. Ele classificou de improcedente e opinou que a denúncia peca pela generalidade.

- A sétima suposição fala que meu filho é cotista de rádios adquiridas e pagas com doações minhas. E daí, qual o problema? Onde está a falta de decoro? É um direito dele ser sócio. É um dever meu, de pai, ajudá-lo. Nada de errado nisso - disse Renan Calheiros.



04/12/2007

Agência Senado


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