Renan diz não conhecer fatos que comprometam ministro Rondeau



"Não vi nada, absolutamente nada até o presente momento, que comprove o comprometimento do ministro nesse fato". Essa foi a resposta dada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, ao ser perguntado se o ministro Silas Rondeau, de Minas e Energia, deveria ou não se afastar do cargo após ter seu nome citado nas investigações da chamada Operação Navalha.

Da mesma forma, quando indagado a respeito do governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, também citado nas apurações da Polícia Federal, Renan Calheiros foi taxativo: "Eu o tenho como uma pessoa honrada e de conduta ética indiscutível". O presidente do Senado insistiu várias vezes, nas respostas que deu à imprensa em entrevista coletiva concedida na sua chegada ao Senado nesta segunda-feira (21), que deseja o aprofundamento das investigações.

- Se existe superfaturamento, se há envolvimento com o crime ou se tem desvio de conduta, isso é algo que tem que ser esclarecido imediatamente. O que está em jogo é o interesse público, que tem que ser preservado. Quando as denúncias se sobrepõem aos fatos é muito ruim, não serve à democracia, não serve ao estado de direito e não serve à própria investigação - afirmou Renan Calheiros.

O presidente do Senado lembrou que no ano passado o Congresso aprovou novas regras para a tramitação dos projetos de lei orçamentária da União, visando a tornar mais transparente o processo de apresentação das emendas parlamentares. Entre as alterações, houve a redução do número de integrantes da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização e a instituição da proibição de um parlamentar participar por dois anos consecutivos da comissão.



21/05/2007

Agência Senado


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