Renan diz que é preciso aguardar decisão final do TSE sobre verticalização



Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (8), o presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que é preciso aguardar uma decisão final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o alcance do instituto da verticalização, que obriga partidos coligados em chapa formada para disputar a Presidência da República, a manter a mesma coligação nas eleições estaduais para governador.

- Ninguém conhece em detalhes a extensão da decisão do TSE. As pessoas interpretam de maneiras diferentes. As convenções começam a partir do dia 10 e vão até o dia 30 e é importante que aguardemos a decisão definitiva para, a partir daí, termos uma idéia do cenário que teremos - disse.

Em relação à criação da comissão parlamentar mista de inquérito para investigar o esquema de compra de ambulâncias superfaturadas, descoberto pela Polícia Federal na chamada "Operação Sanguessuga", Renan disse que, na próxima semana, convocará sessão do Congresso Nacional para leitura do requerimento, conforme compromisso assumido na quarta-feira (7) com os líderes partidários.

- Como fizemos, aliás, com as outras comissões parlamentares de inquérito. Conferindo as assinaturas, havendo fato determinado, havendo recursos para a investigação, cabe ao presidente fazer a leitura do requerimento, desde que essa decisão seja compartilhada. Os líderes disseram que queriam a CPMI e eu vou convocar o Congresso para a próxima semana e fazer a leitura do requerimento - disse.

O presidente do Senado ressaltou que o semestre ainda não acabou. Lembrou que na quarta-feira o Plenário votou quatro medidas provisórias que estavam trancando a pauta, faltando votar ainda outras três, das quais uma deve ser lida nesta quinta-feira. Renan disse que está fazendo um esforço junto aos líderes partidários para realizar novas votações. Ele lembrou que ainda falta votar indicações de autoridades, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e outros projetos importantes.

- Esperamos que seja possível deliberar [a pauta] na próxima terça ou quarta-feira. Para tanto, é preciso haver acordo de líderes. Eu tenho conversado bastante com eles e com o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para que o Senado delibere normalmente, como fez ontem [quarta-feira] - concluiu.

08/06/2006

Agência Senado


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