Renan e PSOL poderão sugerir novos quesitos para perícia da PF



Em reunião na tarde desta quinta-feira (5), o presidente do Conselho de Ética, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), e dois dos relatores da representação contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) por quebra de decoro parlamentar - Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS) - decidiram conceder ao presidente do Senado e ao PSOL, partido autor da representação, a possibilidade de apresentarem, até a próxima terça-feira (10), novos quesitos para a perícia que deverá ser completada pela Polícia Federal. O terceiro relator, senador Almeida Lima (PMDB-SE), que não compareceu ao Congresso nesta terça por motivos de saúde, participou da reunião pelo sistema de viva-voz.

- Estamos questionando a quem representou e ao representado se eles têm alguma coisa a mais para ser esclarecida junto à Polícia Federal. Isso tem que ser feito para que nós não incorramos na possibilidade de anular o processo no futuro - disse Casagrande.

Os relatores informaram que ainda não concluíram o levantamento dos documentos necessários à complementação da perícia, conforme solicitação feita pela Polícia Federal na manhã de terça-feira (3). Casagrande ressaltou que a relação deverá estar pronta na segunda-feira (11), e que o presidente do conselho deverá solicitar esses documentos ao senador Renan Calheiros formalmente até a terça-feira. O presidente do Senado terá um prazo de cinco dias para encaminhar a complementação de sua defesa.

A senadora Marisa Serrano informou que o conselho quer agir com cautela, para garantir que nenhum erro seja cometido, como ocorreu em momentos anteriores, e para evitar que a legalidade da condução do processo venha a ser questionada.

- Isso não é protelação, e sim consciência de que nós temos que fazer o que é correto, para que não haja nenhum atropelamento e para que nossas decisões não sejam contestadas depois - disse.

Os relatores informaram ainda que todas as irregularidades do processo foram sanadas. Casagrande esclareceu que o relatório apresentado pelo senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), relator original do processo, assim como os votos em separado encaminhados pelos senadores Demóstenes Torres (DEM-GO), Jefferson Péres (PDT-AM), Valter Pereira (PMDB-MS) e pelo PSDB, estão prejudicados, ou seja, não valem mais.

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05/07/2007

Agência Senado


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