Renan pede barreira a coco importado e apoio ao produtor nacional
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) pediu nesta segunda-feira (1º) em Plenário medidas que dificultem a importação de coco ralado pelo Brasil. Conforme o parlamentar, além de reduzir a renda dos produtores nacionais, a importação está pondo em risco as plantações de coco e a saúde da população por causa do -amarelo letal-, doença detectada no coco importado.
A primeira medida a ser adotada é a volta da fiscalização sanitária do produto comprado no exterior, que foi suspensa com a revogação da portaria do Ministério da Agricultura nº 70, em julho deste ano. Baixada em março de 1998, a portaria contribuía para restringir a entrada do coco estrangeiro. Em setembro do ano passado, o governo decidiu adicionalmente reduzir a cota de importação do produto de 17 mil para 4 mil toneladas, exigindo em contrapartida o aumento da produtividade.
Segundo Renan, já foi iniciado um amplo programa de recuperação de coqueiros e renovação de 35 mil hectares de plantações no Nordeste, com reflexos positivos no emprego e na manutenção de mão-de-obra desqualificada na região.
- O amarelo letal não tem cura e pode dizimar plantações inteiras. Quem está ganhando com o afrouxamento da fiscalização são os importadores, que não geram empregos. Precisam apenas de um computador, um fax e uma secretária para ganhar milhões - alertou o senador.
Diante da pressão dos produtores e de parlamentares, o Ministério da Agricultura está discutindo uma mudança de regras. De acordo com Renan, não basta apertar a fiscalização, mas dar apoio financeiro e creditício aos 240 mil plantadores de coco - 89% deles trabalhando em sistema de agricultura familiar em 18 dos 27 estados brasileiros e empregando 500 mil pessoas.
01/12/2003
Agência Senado
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