Renan pede pacto pelo desenvolvimento



O líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), defendeu a realização de um pacto nacional pelo desenvolvimento, durante audiência pública promovida nesta terça-feira (30) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) com a presença do ministro da Fazenda Antonio Palocci.

- Esse pacto deveria ser liderado pelo ministro Palocci. É importante que os partidos se reúnam para discutir uma agenda para o Brasil e para promover a união por um crescimento mais efetivo - sustentou Renan.

Em resposta, o ministro disse que era importante levar uma mensagem nesse sentido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas ressaltou que a agenda econômica para este ano é mais complexa que a de anos anteriores e exige "esforço maior de construção".

O líder do PFL, José Agripino (RN), disse que a oposição não tinha o interesse, como chegou a ser comentado na imprensa nesta semana, de "triturar" Palocci durante a reunião. Ao contrário, disse ele, a oposição respeita o trabalho do ministro e não deseja, "como setores do PT", desestabilizar o ministro.

O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) questionou o ministro da Fazenda a respeito de estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, segundo o qual os assalariados teriam neste ano perda de 8,1% do poder aquisitivo, em função do aumento da carga tributária.

Palocci afirmou que a tributação sobre a renda no Brasil não é alta, comparativamente a outros países. O problema, disse ele, é que somente 6,5% da população economicamente ativa pagam Imposto de Renda.

- Na outra ponta, recursos são distribuídos para 3,5 milhões de famílias em programas de transferência de renda - comparou.

A senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) disse que, por números aos quais teve acesso, a transferência de renda teria sofrido pequena queda entre os anos de 2002 e 2003, e questionou o ministro sobre críticas feitas à política econômica na base do governo. Em resposta, Palocci disse que iria analisar os números obtidos pela senadora e afirmou que não identificava nenhum movimento para desestabilizá-lo.

- Até porque o ministro não é tão forte assim, mas apenas um assessor do presidente da República, disponível desde que ele considere que eu esteja contribuindo com seu governo - afirmou.



30/03/2004

Agência Senado


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