Renan quer questão da água na agenda do Congresso



A democratização e o uso racional da água em todo o país não podem ficar de fora da agenda do Congresso Nacional, ainda na atual legislatura. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (26) pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL) ao relatar estudos feitos pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela ONG World Wildlife Fund (WWF), que alertam para a possibilidade de um -futuro sombrio para a humanidade- caso não se encontrem soluções para a escassez e a falta de água.

- Ao afirmar que a situação é de extrema gravidade, o relatório das Nações Unidas enumera que 18 das 20 maiores cidades do mundo, todas em países pobres, já convivem com uma demanda maior do que a oferta de água. Entre as cidades citadas estão Rio de Janeiro e São Paulo - assinalou.

Renan lembrou que apenas 1% da água doce de todo o planeta está disponível para o homem e aos outros organismos, sob a forma de lagos e rios. Desse percentual, frisou, 12% estão no Brasil, sendo que 88% dessas águas estão disponíveis na região Amazônica. O Nordeste, com mais de 40 milhões de habitantes, conta com apenas 4% das águas disponíveis no Brasil, acrescentou.

- Os ecologistas prevêem uma quadro de caos social, para daqui a alguns anos, caso medidas urgentes não sejam adotadas no sentido de conservarmos os recursos hídricos no planeta: rios virarão esgotos e lagos se tornarão fossas. Seres humanos beberão água contaminada, o mar será tomado pela poluição, peixes morrerão envenenados por metais pesados e a vida silvestre será destruída - alertou.

O senador citou ainda estudo da WWF sobre a utilização de água no Distrito Federal, que revelou a disparidade entre as áreas nobres de Brasília, que consomem 600 litros de água/dia, enquanto a população dos bairros pobres não chega a consumir, em média, a metade do ideal considerado pela ONU (200 litros/dia).



26/06/2003

Agência Senado


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