Renan volta a defender redução da carga tributária
Em artigo assinado para desejar a todos os brasileiros um bom 2007, o presidente do Senado, Renan Calheiros, voltou a defender a simplificação e a redução da carga tributária que, em sua opinião, são condições básicas para o Brasil retomar o desenvolvimento. No mesmo artigo, publicado no site dele, Renan recomenda que a reforma política saia do papel, entre outras razões, para tornar os partidos mais fortes e representativos.
No texto, o presidente do Senado diz que continua apostando no diálogo institucional e na harmonia e independência entre os Poderes. Referindo-se a avanços institucionais aprovados pelo Congresso, afirma que as mudanças nos ritos de tramitação das medidas provisórias e do Orçamento da União reforçam para 2007 a esperança de uma convivência mais equilibrada entre Legislativo e Executivo.
Entre as prioridades para 2007, Renan aponta a retomada dos debates sobre a reforma política e a reforma tributária, ambas já aprovadas pelo Senado há mais de três anos, mas paralisadas por falta de acordo político na Câmara. Da mesma forma, refere-se à conclusão da reforma do Judiciário para dizer que isso traduz a certeza de uma Justiça mais ágil e mais eficiente.
"Fechamos um ano complicado, um ano de crise política, de Copa do Mundo, de eleições gerais e de ânimos acirrados. Mas, se foi duro engolir a derrota para a França, demos um exemplo de maturidade democrática diante das denúncias de corrupção", diz ainda o presidente em seu artigo.
Renan também exprime o desejo de que 2007 marque o início de um novo ciclo de crescimento e de justiça social para o Brasil. Em sua opinião, a sociedade brasileira está cansada de deslizes éticos, não suporta mais uma tributação excessiva e injusta, exige a melhoria dos serviços públicos, o fim da estagnação econômica e o controle da violência urbana.
O presidente do Senado considera um desafio para o país garantir o crescimento econômico e propiciar melhor distribuição de renda, multiplicação de empregos, justiça social e menos desigualdade regional. Disse que isso exige muito espírito público e diálogo entre governo e oposição, Legislativo, Executivo, Judiciário e sociedade organizada. E aconselha: "passado o calor das disputas eleitorais, os interesses do país terão, necessariamente que estar acima das divergências político-partidárias".
09/01/2007
Agência Senado
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