Renan Calheiros volta a defender fim da venda de armas
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) voltou a defender nesta quinta-feira (5) seu projeto de lei que proíbe o comércio de armas em todo o Brasil. Ele disse que seu retorno à tribuna do Senado se deveu ao aumento constante da criminalidade. Números oficiais divulgados recentemente pela imprensa, disse o senador, comprovam que a violência e o crime organizado -estão em todas as partes do país-.
O parlamentar afirmou que dos quase 6 mil municípios brasileiros, menos de cem são mais problemáticos na questão da criminalidade. Ele citou o caso de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, que registrou aumento de 71% nos homicídios. Outro dado apresentado pelo senador revela que em 95% dos casos homicídios o agressor conhece a vítima, acrescentando que os crimes são cometidos pelo cidadão comum armado.
A partir de estudos desenvolvidos por sociólogos, Renan explicou que o desenvolvimento desordenado aglutinou em torno das cidades uma massa da população urbana que convive com a abundância e a riqueza. Essa população, assinalou, não se integra nem tem meios para se integrar aos mercados sofisticados de produção e consumo, e acaba utilizando-se do crime para tentar romper esta barreira.
- O principal exponencial da violência nos grandes centros não é o homicídio, mas o assalto a mão armada. Em São Paulo, por exemplo, no último ano, foram registrados 25 assassinatos por dia e mais de 2 mil roubos - disse o senador.
Renan citou o coronel da PM Fluminenses, José Vicente da Silva Filho, uma das medidas emergenciais para reduzir de forma rápida e eficiente o número de homicídios é a restrição ao uso de arma de fogo.
O senador Edison Lobão (PFL-MA) disse que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), que preside, está focando a questão da criminalidade e da violência como -uma das principais no país-. Ele apoiou o empenho de Renan em ocupar a tribuna quantas vezes for necessário até que a proibição de venda de armas seja priorizada.
05/06/2003
Agência Senado
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