Mercadante elogia aliança entre PT e PMDB para apoiar Dilma
O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), declarou que o "pré-acordo" firmado na noite de terça-feira (20) entre as lideranças do PT e do PMDB resultará, juntamente com o apoio de outros partidos, em uma "estrutura partidária inigualável" para a candidatura de Dilma Rousseff.
Mercadante disse também que os líderes do PMDB que participaram da reunião - realizada no Palácio da Alvorada com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - acreditam que vencerão a convenção partidária "por ampla margem". Essa vitória será necessária para confirmar o pré-acordo.
Além disso, o senador destacou que a candidatura de Dilma Rousseff já tem o apoio do PDT e "praticamente estão consolidadas" as adesões do PCdoB, do PR e do PRB. Ele afirmou ainda que "tem grandes convicções" quanto ao eventual apoio do PP e do PSB.
Mercadante disse que respeita a possível candidatura de Ciro Gomes (PSB-CE), "que foi um ministro extremamente importante no governo Lula", mas disse acreditar que, mais à frente, Ciro estará entre os que apoiam a ministra da Casa Civil.
Tempo de TV
- Essas alianças permitirão à candidatura de Dilma um tempo de televisão que nenhuma outra candidatura teve na história recente do país - declarou o líder do PT.
De acordo com o senador, o tempo no horário gratuito de televisão "permitirá que se mostre ao Brasil o que se construiu ao longo dos últimos sete anos: um país que mudou de patamar no governo Lula e hoje é referência histórica".
Ao citar os méritos que atribui a essa gestão, Mercadante destacou a situação econômica do país, "que esteve entre os últimos a entrar na crise [financeira internacional] e foi um dos primeiros a sair dela".
- Enquanto Estados Unidos, Japão e Europa continuam em recessão, o Brasil atrai investimentos - disse ele, acrescentando que "o crescimento do país se deve a um mercado interno forte, pois o ambiente externo continua muito adverso".
O senador destacou ainda a recuperação do valor do salário mínimo, "realizada por meio de uma política continuada", e os impactos do Programa Bolsa-Família sobre a diminuição da pobreza. Quanto à situação política, ele ressaltou que "aqui não tem terceiro mandato, e sim alternância de poder".
21/10/2009
Agência Senado
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