RENOVAÇÃO POLÍTICA EXIGE DEMOCRACIA PARTIDÁRIA, ALERTA ARTUR DA TÁVOLA
Na avaliação do parlamentar, "enquanto a lei não trouxer processos rígidos de democratização das decisões internas, os partidos políticos continuarão a ser vampirizados por oligarquias, empobrecendo-se do ponto de vista doutrinário, perdendo quadros, tornando-se atividade desagradável e inviável para todo aquele que não tenha como enfrentar as máquinas fisiológicas nele ancoradas".
A política brasileira não se renova, acrescentou, "porque está dominada e se torna imobilizada pelas inamovíveis cúpulas partidárias". Távola entende que os partidos políticos "em sua quase totalidade, são dominados por oligarquias internas". E é nesse imobilismo, destaca, que está o principal elemento conservador da política brasileira.
Ele justificou a troca de partidos pelos parlamentares dizendo que muita gente o faz por casuísmo, oportunismo ou mero carreirismo, mas outros o fazem "porque se torna impossível librar uma autêntica luta interna com base no debate das idéias, de pontos de vista e de princípios".
17/09/1999
Agência Senado
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