REQUIÃO CRITICA INDICAÇÃO DE TERESA GROSSI PARA DIRETORIA DO BC



Se a aprovação da indicação de Teresa Grossi para a diretoria de fiscalização do Banco Central for aprovada pelo Senado Federal, será o fim da respeitabilidade da Casa, afirmou o senador Roberto Requião (PMDB-PR). Em discurso no plenário nesta quinta-feira (dia 16), Requião pediu que o presidente do Senado acolha questão de ordem do senador José Eduardo Dutra (PT-SE) para não submeter o nome da economista ao plenário.
O senador citou nota da coluna "Painel", do jornal Folha de S. Paulo, segundo a qual a indicação é uma operação de risco. Conforme a coluna, citada por Requião, os governistas devem aprovar o nome de Teresa Grossi para não constranger o presidente Fernando Henrique Cardoso. Requião disse que acredita que isto não ocorrerá porque "o Senado tem vergonha na cara". Além disso, lembrou, a CPI dos Bancos pediu o indiciamento de Teresa em quatro artigos do Código Penal, "todos aprovados em plenário em votação unânime".
- Como pode agora o presidente da República humilhar o Senado Federal, mandando, aos 81 senadores que fizeram a denúncia, o nome da senhora Teresa Grossi para a aprovação ? - questionou.
De acordo com Requião, caso a base do governo aprove esta indicação, estará cometendo o ato da desmoralização definitiva da Casa. O senador criticou também o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, senador Ney Suassuna (PMDB-PR), por ter convocado Teresa para dar explicações. Para ele, as explicações que ela deveria dar já foram realizadas na CPI.
PARANÁ
Em seu discurso, o senador Roberto Requião comentou o fato de que, apesar da imprensa em geral dar destaque ao envolvimento da polícia paranaense no narcotráfico, a revista Veja "não deu sequer uma mísera linha sobre o assunto" e, ao contrário, produziu texto com o título de "Swat Brasileira", elogiando a polícia paranaense. O senador estranhou que na mesma edição a revista publique dois anúncios coloridos de página dupla do governo do Paraná. Requião apontou que, nos últimos quatro anos da gestão do governador Jaime Lerner, foram gastos R$ 500 milhões em propaganda.

16/03/2000

Agência Senado


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