Requião propõe moção de solidariedade à Argentina
Já foi encaminhada para exame da CRE - Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional solicitação do senador Roberto Requião (PMDB-PR) para que o Congresso envie moção de solidariedade ao povo e ao governo argentinos, repudiando, ao mesmo tempo, o comportamento do governo dos Estados Unidos em relação à Argentina por intermédio do Tesouro Nacional e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Requião, que preside a Representação Brasileira na Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul, disse que a moção é uma maneira concreta de o Brasil demonstrar, urgentemente, a solidariedade que dedica à população argentina, que sofre uma grave crise política e social.
- Tornou-se consenso geral que o fracasso do plano econômico argentino imposto pelo Tesouro norte-americano e pelo Fundo Monetário Internacional, vigente nos últimos onze anos, é a razão da imensa miséria econômica que se abateu vertiginosamente sobre o povo argentino e faz tremer as instituições políticas que ainda respiram naquele país - ressaltou o parlamentar.
Em sua opinião, a atual situação da Argentina interessa aos Estados Unidos, pois o fracasso da democracia naquele país contribuirá para a desmontagem do Mercosul, que, conforme lembrou, dificulta as negociações para a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), projetada para constituir um imenso mercado americano em que prevaleçam os interesses dos Estados Unidos.
Nesse sentido, além da manifestação de apoio à Argentina, ele quer que as preocupações do Congresso sejam encaminhadas ao governo norte-americano e aos organismos financeiros internacionais.
- Esses organismos não deixam de ser responsáveis pelo descalabro provocado nas finanças públicas argentinas, decorrentes, em grande parte, de um assessoramento técnico descompromissado com a realidade e o futuro dos países emergentes - disse Requião, cuja iniciativa recebeu o apoio do senador Roberto Saturnino (sem partido-RJ).
Requião aproveitou para criticar a cobrança do chamado seguro-apagão nas contas de energia elétrica da população paranaense. Para ele, a cobrança é um equívoco e demonstra a "imprevidência" do governo federal.
25/04/2002
Agência Senado
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